A ira de Luiz Couto, o PT e o futuro do PMDB

Chamou a atenção do meio político o tom empregado pelo deputado federal Luiz Couto nos últimos dias de taxar seu companheiro de partido, deputado estadual Luciano Cartaxo, de Pinóquio (personagem famoso que crescia o nariz por mentir demais).

Volta e meia Luiz Couto, antigamente ponderado embora firme, se apresenta à sociedade com essa descompostura no trato de aliados seus fugindo da linha básica do debate político para assacar contra a moral das pessoas.

Se isso acontece, e se repete, talvez possa ser explicado pelos conceitos e teorias da Psicologia humana sem nem precisar de escolas famosas, a exemplo de Freud, porque é fácil detectar: quem agride o faz porque está faltando argumento plausível para se fazer vencedor no debate político.

A reação do digno parlamentar tem a ver com os últimos acontecimentos internos no PT de João Pessoa, onde a máquina oficial não tem sido suficiente para impor a vontade dos aliados de Luiz Couto na preferência pela aliança com o PSB porque cresce espontaneamente o desejo da militância petista em ver a legenda disputar a Prefeitura de João Pessoa.

Esta lógica e tendência tem se fortalecido porque já não mais existe o cenário de 2010 onde a outra banda do PT liderada pelo presidente estadual Rodrigo Soares e diversas outras tendências está afastada do PMDB, como naquela aliança para o Governo, logo em sendo assim a cena está propicia a um projeto próprio de disputa da Prefeitura pelo partido da presidenta Dilma.

Por essas e outras, especialmente pelo crescimento da tese de candidatura própria, é que Luiz Couto tem perdido a rédea do jogo – onde o fisiologismo (gratificações, empregos,etc) campeia fortemente, mas sem ser suficiente para barrar o desejo petista, insisto, de ter candidato próprio e este deve ser mesmo Luciano Cartaxo porque o deputado federal não tem coragem de assumir esse desafio.

Prefere o conforto da condição co-adjuvante de um processo onde o PT pode ser ator principal. A luta continua.

O futuro do PMDB ainda inconcluso

Aliados do ex-governador José Maranhão apregoam aos quatro cantos que está decidido: ele será mesmo candidato a prefeito de João Pessoa. Verdade? Não, ainda não está consolidada essa condição, porque lembrando a filosofia do genial Garrincha diante de Fiola ( ex-técnico da Seleção Brasileira) falta combinar com os russos (os outros lideres do PMDB e o povo).

Ninguém discute a liderança muito menos a importância do líder pemedebista mas, abstraindo a torcida e afago de alguns, se ele não dialogar com o deputado federal Manoel Júnior até mesmo admitindo a postulação do ex-vice-prefeito de João Pessoa vai se dar mal porque há fogo de monturo no partido.

Diferentemente do que se propalou, o PMDB nacional e Michel Temmer não estão fechados com Maranhão porque, ao contrário, querem sentar os dois lideres para a construção, ai sim de solução negociada porque não adianta esconder a probabilidade de Manoel Jr disputar a prefeitura.

A dados de hoje, qualquer pesquisa dará Maranhão com tamanho eleitoral maior do que o do deputado, mas isso jamais se configurará em condição definitiva porque numa disputa em que novos valores vão estar sendo exigidos os trunfos do ex-governador já não têm os mesmos efeitos de antes porque enfrenta a natural defasagem e desgaste de quem foi governador por 3 vezes. A saturação é evidente, não contra sua vida de honradez e moral, só que os tempos exigem o formato de um manequim para o qual a figura do maior líder pemedebista está inadequada.

Maranhão será eleitor decisivo, embora necessariamente não como candidato. Se ele compreender esse cenário se manterá no comando por mais tempo, do contrário será afastado dessa condição pelo desgaste natural do tempo tragado pela nova onda que emerge de Campina Grande.

ULTIMA

“O olho que existe/ é o que vê…”

 

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