Depois da propaganda das TVS e Rádios

Perdura em setores do governo o sentimento de esperança de que, agora expondo campanhas da gestão estadual em empresas de TV e Radio escolhidas a dedo, enfim, será alcançada a fase prospera na relação com a sociedade.

Na pratica, sobretudo os estrategistas pensam que expondo ações e obras de governo somando-se a um monitoramento do conteúdo dos veículos, o governo passara a ter desempenho favorável para resgatar prestigio e fazer os candidatos aliados ascenderem nas disputas municipais de 2012.
 
É tudo o que sonham os governistas até porque crêem que, com o Caixa do Governo abarrotado de dinheiro, pode gerar a superação. Este é o sonho e muito desejo.
 
Logo, a lógica e o raciocínio dos governistas têm a intenção de compreender a conjuntura para fazer  vingar a atual aliança no Poder numa espécie de Projeto de 12 anos no domínio político.
 
Pois bem, todas as projeções só fazem sentido, enquanto concretização, se houver sintonia entre realidade e intenção. A propaganda ajuda mas não funciona se estiver distante da vida real.
 
A REALIDADE DOS 11 MESES
 
O governo chega ao final do ano acumulando fatos e medidas amargas e adotadas  desde os primeiros dias de gestão afetando, sobretudo, o funcionalismo estadual em nome do equilíbrio fiscal.
 
Só que o alcance e efeitos dos procedimentos precisam ser encarados diante do conjunto de promessas feitas de unir a classe política, gerar equilíbrio fiscal, implementar um arrojado programa de desenvolvimento sustentável gerando emprego e renda em escala nunca visto.
 
Esta conjuntura levou o governo a se conflitar com diversas categorias, varias delas aliadas do então candidato, bem como com o movimento organizado permitindo um forte desgaste em pouco tempo.
 
Se reparar direito, o governo pode comemorar o equilíbrio fiscal em face da decisão de cortar todas as gratificações dos funcionários, mesmo substituindo 18 mil prestadores de serviço a custa de inúmeros conflitos com categorias. O saldo das contas não contém o desgaste a perpetuar por todo o governo.
 
A gestão atual pode comemorar ainda a manutenção do programa de asfaltamento de estradas no interior do estado, alias o item mais exposto pela propaganda até agora. Em síntese, o governo cresceu na relação com a sociedade interiorana, mas perdendo popularidade nos médios e grandes municípios.
 
No campo político, com poucas exceções (vide Cássio) o governo não conseguiu promover a união das lideranças e partidos em nome de um Pacto em favor do estado, ao contrario acentuou o conflito perdendo de vez a chance de implantar a mais importante promessa de superação.
 
Com os partidos e lideres aliados vive a relação possível com queixas de trato na frieza das relações e de pouca reciprocidade. Nas bases, os espaços já nao estão com quem tem voto, por isso o silencio que um dia pode se transformar em revolta.
 
Quanto aos programas de desenvolvimento, o nível das políticas adotadas até hoje está aquém do prometido porque o Estado tem perdido espaços na disputa com outros estados na atratividade  de grandes investimentos.
 
Em síntese, o Governo se esforça para gerar novo momento partir de agora mas muito dificilmente superará o nível de desgaste porque tudo passa por decisão política do próprio governador. Como este acha que tem vencido a tudo e a todos com a postura impositiva vai continuar assim, por isso a propaganda pode não surtir o efeito desejado.
 
Impressiona como a frustração tomou conta da esperança porque as promessas de transformação não se afinam com a realidade. 
 
Mas vamos aguardar os próximos tempos para entender o futuro.
 
ULTIMA
 
“Cada um dá o que tem…”

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