O saldo político da Semana

Quando segunda-feira chegou, a impressão que se tinha diante das novas decisões tomadas pelo segmento de segurança do Estado, mais outras movimentações de médicos, etc, era de que a Paraíba entraria no Carnaval como uma terra sem ordem, sem amparo mínimo à cidadania. Ledo engano, nada disso se efetivou.

Pela primeira vez, o governador Ricardo Coutinho se deparou com uma de greves das mais preocupantes mas, ao final, acabou não só superando os movimentos paredistas como inibindo outras movimentações dessa ordem.

É fácil de compreender porque o governo superou o trauma: soube negociar para dentro e fora dos movimentos grevistas, utilizou – se de forma competente dos espaços de Mídia vencendo a guerra da comunicação, não só com os engajados mas, sobretudo, com o argumento da inoportunidade das paralisações neste momento.

Sobretudo com os Policiais Militares – estes ainda mobilizados na surdina depois da greve – o Governo atraiu a empatia da sociedade quando conseguiu explicar abertamente que não dispõe de condições financeiras para atender agora a PEC 300, sobretudo, diante da realidade econômica nacional em que o Governo Federal anuncia cortes na ordem de R$ 50 bilhões.

Valeu, também, a articulação interna dos diversos setores de Governo com as entidades de classe gerando diálogo sereno e proativo. Faltou o governador Ricardo Coutinho receber o comando de greve por seu histórico conhecido, mas o fato é que a base governista sai deste processo com ares de quem sabe enfrentar problemas e superá-los.

Para contribuir com o processo, a Oposição inexistiu por inteiro. Ali ou acolá uma observação, portanto, o silêncio oposicionista acelerou o desfecho da crise.
 

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