Quando o peso do Poder se dilui

{arquivo}Em pleno show maravilhoso de Paulinho da Viola, nesta sexta-feira, no Ponto de Cem Réis, vários sinais me saltaram aos olhos, a partir da convergência das diferentes gerações em torno de um repertório e história tinindo de boa, como é a performance do maior compositor vivo do samba brasileiro.

Outros valores também me chamaram a atenção, como foi atestar a projeção de valor inestimável que o empresário Bola Targino anda produzindo no Parahyba Palace, local que abrigará em breve um shopping popular.

Poderia estar hoje funcionando como hotel, mas administrações passadas não fizeram o que foi feito na gestão Ricardo/Luciano Agra – ou seja reurbanizar o Ponto de Cem Réis permitindo acesso de veículos e estacionamento – condições que se tivessem sido feitas anteriormente ainda hoje teríamos o Palace no luxo da hospedaria do centro da capital.

Fiquei extremamente delirante de contentamento com o soerguimento de Bola Targino, presente ao camarote estilizado de Gerardo Rabelo, tão contente como “pinto no lixo”, como se diz no bairro da Torre. Chacrinha diria mais: ele merece.

Mas, cá pra nós, me chamou muito a atenção mesmo foi a performance da ex-primeira Dama, Silvia Cunha Lima, ao lado dos familiares e amigos deliciando-se das canções imortais de Paulinho da Viola.

Ao invés, da figura pública recatada, quase escondida diante do público, eis que Silvia se apresenta agora de forma mais acessível, descontraída e sem a barreira imaginária que o Poder aplica na relação das autoridades com as pessoas comuns.

A vi na sexta-feira em momentos diferentes com a mesma categoria, tanto no espaço VIP quanto na plataforma tomada de cor branca que se transformou o espaço do Ponto de Cem Réis, onde Livardo Alves pontua como freqüentador atemporal.

Doutora Silvia, ao que parece, cresceu em autoridade depois que deixou a ambiência impositiva do Poder, agora mais alinhada do ponto-de-vista do dialogo externo com as pessoas, cuja cena tem no seu companheiro Cássio como exímio personagem do relacionamento popular.

Tudo isso chama-se crescimento, maturidade e perspectiva de ser apenas cidadã influente com categoria afeita aos Lordes da Torrelândia.

O som de Paulinho

Pelo celular, Cecília Noronha – da FUNJOPE – nos informa que o problema no som do show de Paulinho se deve à operação do técnico que cada artista traz consigo.

Ela lembrou que o som licitado é o mesmo que figuras como Maria Betânia e Zeca Baleiro utilizaram com melhor qualidade de som em face de quem o operava.

Turma do barulho

Expedito Arruda, Martinho Moreira Franco, Tirone Soares foram os mais exaltados com o cancioneiro de Paulinho, puxando mais gente para o coro de noite de lua. Afra Soares, por exemplo, mostrou que conhece o repertorio do artista, da mesma forma que a inteligente filha, Raquel – do fã clube sambista.

Lá do outro lado, mais perto de Patrícia e Gerardo Rabelo, estavam Fátima e Fernando Catao, João Furtado, Dona Gloria Cunha Lima com a filha Gal e a eterna nora Silvana. Fernanda Queiroga chegou de Fortaleza feito um furacão bemvindo de gente que brilha na mídia.

Espiando sem querer, mas vendo por acaso, lá no gargalo defronte ao palco dava para ver os secretários Lucio Flávio e Ariane ensaiando uns passos do samba e, lá longe, perto do espetinho Nonato Bandeira pontificava como admirador confesso do sambista.

ÚLTIMA

“Faça como o velho marinheiro/ que durante o nevoeiro/
Leva o barco devagar…”

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