BRASILIA – Por incrível que pareça, só é melhor epossível interpretar ou enxergar melhor nossa aldeia quando estamos “um pouco” distantes dela. No meu caso, de observador nordestino, a visibilidade chega com mais força porque os dramas do governador Ricardo Coutinho não são diferentes da governadora Rozalba Ciarlini (Rio Grande do Norte) – embora sejam gestões com perfis ideológicos antagônicos.
Mas, cá pra nos, o que menos importa neste momento é a natureza ideológica, porque cada um busca se superar como pode diante de graves situações.
Para não parecer “batida de pino”, ou seja se esquivar de tratar dos dramas mais próximos, enxerguemos a questão da Paraíba. Nesta quarta-feira, por tudo o que foi oferecido, ficou visível que o Governo está na defensiva precisando criar mais musculatura política diante de tantas adversidades.
O caso da Assembléia Legislativa – onde secretários fundamentais a exemplo der Gilberto Carneiro e Aracilba Rocha foram sabanitados nesta quarta-feira – ficou evidente que não são tantos os que se encorajam a defender o Governo, da mesma forma que as argumentações possíveis não sanearam a contra-ofensiva oposicionista. A impressão é de que faltou engajamento defensivo.
Paralamente, o Governo enfrenta a possibilidade de desfalques em sua equipe de secretários – posto que não cessaram a informação de entrega de cargos de outros importantes auxiliares – da mesma forma que na Praça João Pessoa, defronte do Palácio da Redenção, se cristaliza o mais perigos dos focos a afetar a cultura democrática do Governo Ricardo com a vigília há mais de uma semana em véspera de greve geral.
Ora, como pode um governante ungido da democracia, da luta social não construir a saída para uma instabilidade com a Policia? – eis a pergunta que não quer se calar.
O mais sério dos problemas
O governador Ricardo tem habilidade e história inquestionáveis. Lembro dele no REFONAR – movimento de renovação no Conselho Regional de Farmácia, ali defronte à Lagoa, quando ele, Brasilino, Alba Ligia, etc conquistaram o mais importante instrumento de mobilização farmacêutica.
A impressão é que Ricardo se mantém com o mesmo espírito desafiador do Renovar, embora já não tenha nada a ver em termos de realidade e perspectiva daquela época.
Ricardo venceu todas e se deixou viver de torpor da vitória. Hoje, se ele precisasse renovar a luta para chamar todos que estiveram com ela na campanha, certamente não teria muita gente ao seu lado.
Por que? Porque ele ele não percebeu ainda que precisa se afastar da intriga dos seus bajuladores e, mais do que isso, ou retoma o apoio sincero dos aliados de primeira hora ou vai ficar sozinho.
Depois volto ao assunto.
O SISTEMA UNIMED
Nesta quarta-feira, quando menos esperei, estava no meio dos maiores lideres do Sistema Unimed, em Brasilia, lançando por intermédio daUnimed do Brasil uma ampla mobilização junto aos parlamentares sobre este importante segmento.
O presidente Eudes Aquino, presidente da Unimed do Brasil, conduziu os trabalhos. Vi da Nacional e Norte-Nordeste Aucélio Gusmão, Rozandro Montenegro, Darival. Não estavam o presidente da Unimed Norte/Nordeste, Reginaldo Tavares, nem o presidente da Unicred Norte/Nordeste, Wilsom Morais, embora citados.
Em síntese, são poucos dias de Governo, mas Ricardo já percebeu que dirigir um Estado é muito diferente de uma Prefeitura, mesmo sendo da Capital.
ULTIMA
“Quem quiser ter um amigo/ que me dê a mão..”
Haja problemas!
