A mídia, os Novos Governos e a essência

Vivemos duas situações de mudança no Brasil e na Paraíba, mesmo com a presidenta Dilma Rousseff representando a continuidade do Governo Lula, porque tanto no planto federal quanto estadual, especialmente esta última condição, os governantes têm estilo próprios.

De todas as naturezas e abordagens feitas até agora sobre os dois governos, ambos exercendo ajustes de projetos em busca de resultados coletivos, mas os dois divergem na forma de tratar e se conduzir diante da Mídia.

Desde quando candidato e posteriormente eleita, Dilma tem sido repetitiva no entendimento e postura de que a Imprensa precisa ter a liberdade de exercício – logo os veículos e profissionais de comunicação precisam se enquadrar dentro da lógica de mercado na relação com o Governo.

Neste domingo, o Ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, repetiu o que a Ministra da SECOM, Heloisa Chagas, já havia dito: o Governo vai dialogar com todos os segmentos da sociedade e no quesito Comunicação nada modificará a decisão de conviver bem, mesmo com os personagens do Jornalismo que adotaram postura mais azeda durante a campanha.

Na prática, como costumam afirmar os meninos do bairro da Torre, Demerval Pereira, Dora Kramer, Miriam Leitão, Marília Gabriela e um monte de grandes referencias do Jornalismo Brasileiro vão se manter onde estão –isso em termos de veículos de comunicação, agora tendo de adotar outra postura porque a eleição passou, eles perderam mas a democracia é soberana. Nenhum deles, exatamente nenhum, deixará de exercer a profissão ou algum veículo os demitirá a pedido do pessoal da Dilma.

Aliás, desde o primeiro pronunciamento da Presidenta que ela diz o que repetiu ontem em discurso: vai governar para todos os brasileiros, inclusive para os que não votaram nela. Isto chama-se atitude soberana e elevada de quem quer de fato unir o Brasil em torno de um grande projeto nacional..

Como se dá na Paraíba

Ninguém publica, ninguém fala, mas nos bastidores políticos e da comunicação da Paraíba do que mais se fala – em alguns casos se pratica – é a política de revanche e/ou de intolerância de setores do novo Governo para com diversos personagens e veículos de comunicação.

Já houve o afastamento do jornalista Nilvan Ferreira, Rubens Nóbrega se despede neste domingo de seus leitores e uma quantidade expressiva de profissionais vive a insônia por estarem certos de que vão perder seus empregos a partir desta segunda-feira.

A causa central é inadmissível: terem tido posição contrária ao atual governante. Em tempo: há meses que a campanha passou e muita gente, antes contrária, aposta no seu êxito porque é o êxito da Paraíba. Não dá mais para viver jogando contra por jogar.

Custo a acreditar que o novo governo forjado no debate democrático com raízes fincadas na luta vai admitir como premissa de seu Governo a perseguição a veículos e profissionais. É compreensível na nova missão que ele opte por quem esteve ao seu lado na campanha, mas daí a adotar a vindita não é a melhor das conselheiras.

Lembro que, quando assumiu o primeiro mandato de Governo, Cássio adotou uma postura dura contra alguns veículos e profissionais. Dura, não, implacável – vide o Sistema Correio, mas não deu em nada, logo não conseguiu banir quem desejava até assumir outra cultura, outro entendimento passando a mudar sua postura e, ai sim, tratando a Mídia e seus desafetos com grandeza.

Seja o que for, um dia o novo Governo descobrirá no coração e na mente que vale muito mais começar o novo tempo como a Dilma fez : de bem com a vida e sendo superior nas relações até com desafetos porque na vida tudo passa, tudo passará, por isso nada paga o preço de viver em paz para enfrentar a luta.

Se a hora, de fato, é de se construir um tempo novo de união certamente que a forma de agir passa longe das chibatas e pelourinhos.

O futuro de Efraim

O novo Secretário de Infraestrutura, Efraim Morais, já está se inteirando da situação orçamentária e estrutural da Pasta, mesmo assim só vai assumir oficialmente a nova função a partir de fevereiro quando terminará de fato seu mandato de senador.


Efraim Morais explicou ao portal WSCOM que já comunicou ao governador Ricardo Coutinho dessa questão. “Estamos inteiramente dedicados à construção de uma etapa na Secretaria de Infraestrutura, entretanto, preciso concluir o mandato de senador até final de janeiro quando então teremos nosso envolvimento formal na Pasta”.

O futuro secretario disse que as demais pessoas escolhidas pelo governador para compor a secretaria são de seu relacionamento e com experiência visando se somar num grande projeto de execução de Obras no Estado.

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“Eu dou a minha face pra bater/
Mas se quiser pode beijar…”

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