Na data do meu aniversário, o primeiro cumprimento que recebo é do ainda Senador Roberto Cavalcanti. Isso muito antes dele ser Senador e ter ocupado com competência a cadeira que foi de Maranhão. É por isso que, depois da quarentena a que me obrigou a Justiça Eleitoral, aposentando temporariamente meu teclado e me proibindo de emitir opinião, é para ele que me dirijo, lastreado em uma amizade que as divergências políticas não conseguiram apagar.
Chegou a hora de mudar Senador! Ficou provado que o sistema que você construiu com tanto trabalho e sacrifício precisa voltar aos seus trilhos iniciais, quando colocava a informação em primeiro lugar e deixava a paixão político partidária de lado. O Correio como concebido por Teotônio Neto era aberto a todas as facções e só tomava o partido das causas da sociedade. Apoiar um candidato e tentar elegê-lo a todo custo pelas paginas dos jornais , ondas das emissoras de radio e da telinha, está provado que não dá certo. Sou assinante do Correio e o leio diariamente. Seus colunistas, por mais competentes, fazem questão de anunciar sua parcialidade e o resultado tem sido desastroso para a empresa e sua credibilidade, traduzidos nos seus poucos êxitos.
A Paraíba é testemunha. Não vou voltar muito atrás. Comecemos de 2002. Tentaram derrotar Cássio e perderam nos dois turnos, o mártir foi Roberto Paulino. Em 2006, o fenômeno se repetiu, desta feita, o derrotado pessoalmente foi Maranhao. Inconformado, este conseguiu na Justiça o que o povo tem lhe negado seguidamente. Em 2010, no primeiro turno, o Correio e Maranhão completaram cinco derrotas consecutivas. Foram penta-campeões pelo avesso. No segundo turno, com Ricardo Coutinho, foi dada uma oportunidade para a correção de rumo. Mas insistiram no erro da parcialidade que nunca deveria pautar a boa imprensa. Nova derrota. Merecem o caneco de hexa. Amargam a sexta derrota consecutiva.
Competência para fazer o bom e o melhor não falta ao pessoal dessa empresa. Realizaram, por exemplo, o melhor debate entre os candidatos a Governador. E quando todos temiam a previsível parcialidade do sistema, o jornalista Helder Moura mostrou que sabe fazer bem o seu papel, quando quer. Na cobertura do resultado do pleito, outro show de eficiência. Como assinante, é o que desejo no dia a dia do jornal.
Mas alguns são incorrigíveis. Lacradas as urnas, começa nova batalha . Instalar a cizânia, fomentar a desunião e separar o mais rápido possível Ricardo Coutinho, de Cássio Cunha Lima. Será, sem duvida, mais uma tarefa inglória. Durante a campanha esses dois homens públicos, jovens porém maduros, superaram suas divergência do passado e aproximaram as convergências. Cássio ajudou a eleger Ricardo? Claro que ajudou e muito. Mas Cássio só apoiou Ricardo por que sabia que ele era competente e bom de voto. Ernani Satyro já dizia. Ninguém elege ninguém, agente dá um empurrão e o candidato se faz…
Ambos conhecem a dimensão de suas respectivas forças e colocarão todas as suas energias a serviço de uma nova era que começa a nascer a partir de primeiro de janeiro de 2011.
Como leitor do Correio e amigo do dono, tomo a liberdade de emitir essa sugestão oportuna. Na hora em que terminar seu mandato, Senador, corrija os rumos desse grande sistema. Creio que, não somente a Paraíba iria aplaudir essa mudança, mas também, toda a equipe eficiente e aguerrida sob seu comando, ávida por expressar suas opiniões sem quaisquer amarras, ficaria felicíssima com esse grito de liberdade.