A campanha da candidata Dilma Roussef vive uma dicotomia em termos de projeção de futuro eleitoral. Enquanto ela se recupera em estados considerados relutantes ao seu nome até há algum tempo atrás, na Paraíba embora tenha o apoio dos dois candidatos no segundo turno é visível o crescimento do seu adversário José Serra, inclusive em João Pessoa.
Nesta quinta-feira, por exemplo, telefonemas e e-mails de Brasília para João Pessoa e vice-versa se repetiram demonstrando claramente que a coordenação de campanha da candidata anda desapontada com os números paraibanos.
Na prática, a candidata anda muito decepcionada com a resposta dos paraibanos porque os números do PAC mostram que o Governo Lula foi determinante na implantação de grandes obras estruturantes e serviços de qualidade na saúde, educação, infraestrutrura, etc. por isso perder para Serra é desapontador.
Pior, como disseram alguns interlocutores privilegiados ligados à candidata, é atestar que enquanto os candidatos Maranhão e Ricardo se degladiam entre si sem dar visibilidade à candidata petista acabam permitindo que adversários de Lula ganhem espaços nessas coligações – se referem a Cícero e Cássio – construindo votos em sequência para o candidato tucano em proporção que ameaça a vitória de Dilma.
O fato é que a conjuntura política paraibana envolvendo os dois candidatos – todos eleitores de Dilma –, anda merecendo criticas e fortes cobranças da campanha da petista devendo produzir traumas se não houver correção de rumos porque, como foi dito, será que a Paraíba será o único estado a desapontar a tendência nacional, mesmo com os fortes investimentos de Lula?
Por uma razão simples: de fato Serra cresce na crise dos dois e Dilma está olhando atentamente.

