O ritmo da campanha de segundo turno na Paraíba tem produzido um nível de agendamento de compromissos dos candidatos José Maranhão e Ricardo Coutinho somente possível de ser cumprido por quem está bem de forma física, especialmente, porque do contrário não agüenta.
A agenda, por exemplo, deste fim-de-semana projeta para cada um dos candidatos atividades em quantidade de municípios de tirar o fôlego porque o tempo é curto visando atender tantos compromissos.
Está posto que cada um deles tem projeto diferente para o Estado da mesma forma que a base municipal se mantém dividida nas diferentes regiões, por isso o acirramento entre as duas bandas vai se manter até o último dia de votação por uma constatação conhecida: a Paraíba está dividida e não há força política com tamanho majoritariamente folgada para dizer o contrário.
Abstraia-se desta análise o componente da tendência preferencial porque este fator, hoje favorável ao candidato Ricardo Coutinho, tem sido testado pela força maranhista na busca de reversão do voto, não da liderança de bairro ou municipal, mas do eleitor na ponta, por isso esse aspecto não é tratado como estático, definido.
Ontem, enquanto Ricardo colocava Cid Gomes e Erundina no palanque de Cabedelo, Maranhão fez uma jornada de seis municípios somente possível porque precisou usar o helicóptero permitindo chegar nos lugares em tempo. O mesmo ele fará neste sábado, segundo a agenda, começando por Soledade passando por vários cidades até chegar ao Sertão.
Isso sem contar os muitos debates nas emissoras agora com as presenças dos dois candidatos. O que não se viu no primeiro turno agora está se tendo em fartura.
Em síntese, em termos de vigor físico os candidatos têm dado demonstração de bom desempenho, sobretudo Maranhão que tem idade mais avançada do que Ricardo e não se deixa abater pelo cansaço.
