A essência do debate na BAND

O primeiro debate do segundo turno na Paraíba entre os candidatos José Maranhão e Ricardo Coutinho na TV Clube (Band/ ex-TV O Norte) nesta quinta-feira produziu pela primeira vez em toda a campanha para o Governo um enfrentamento mais profundo entre os dois principais competidores sobre temas variados.

Há que se dividir a análise do debate sobre dois prismas: o de desempenho em si na formatação de conceitos por cada candidato e a essência do que cada um apresenta como análise e proposta, bem como o que representa no contexto político estadual.

No primeiro plano, de desempenho midiático em si, os dois candidatos tiveram formas diferentes de se apresentar, pois Ricardo aparenta mais intimidade com a mídia eletrônica tanto na elaboração a curto prazo quando da abordagem dos assuntos e propostas em pouco tempo, mas pela primeira vez a performance de Maranhão lhe gerou confiança própria na relação com esse instrumento, tanto que seu desempenho no plano geral foi bom – embora tratado como razoável pelos adversários – por não ter comprometido seu papel de debatedor como muitos temiam.

Para os maranhistas, entretanto, foi além da conta.

Nem mesmo o vacilo da Conexão 30, quando se referia ao 15, pode comprometer o conjunto da sua fala autentica e não robotizada como se quis dar a ele na versão primeira do debate quando se perdeu por completo.

Na questão de fundo, de abordagem de políticas publicas para o Estado ficou evidente a distinção dos projetos:

Maranhão referencia sua experiência e obras em curso com curta duração ( 1 ano e 8 meses, a fase recente), como argumento principal à busca do aval do eleitorado para merecer mais tempo (4 anos) visando completar essa etapa de desempenho administrativo, enquanto Ricardo trata o saldo de vida política do adversário pela critica contundente considerando todo o acervo maranhista no campo do atraso.

Tratando de todos os assuntos, quaisquer que fossem, era Ricardo dizendo que só trabalha para frente com base nas ações produzidas na Prefeitura para alcançar 40 anos em 4, enquanto Maranhão insiste na cantilena de que tem respaldo, história e competência para concluir seu ciclo político entregando obras e ações estruturantes na construção de novos estágios de desenvolvimento econômico e social do Estado.

O fato é que Maranhão surpreendeu Ricardo e deve ter criado animação própria, quebra do medo, para enfrentar o competidor que se deixou visivelmente ser afetado em alguns momentos, mesmo tendo desempenho reconhecido. Agora, o debate pela primeira vez no segundo turno motivou a militância maranhista, como se a eleição nesta etapa tenha começado hoje.

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