Faltando poucos dias para a votação que decidirá o futuro do Estado da Paraíba e, de sorte, do Brasil, ainda podemos indagar: o que de fato pode existir no decorrer da semana capaz de mudar a tendência do eleitorado, segundo as pesquisas de opinião? Será que há tempo para isso?
Antes de qualquer avaliação, observemos o principal instrumento disponível para aferições, que são as pesquisas de opinião publica. Desde quando começou a disputa, nenhuma delas, de nenhum instituto deixou de expor o candidato do PMDB, José Maranhão, com índices sempre acima de 14 pontos percentuais.
Durante toda a campanha, o candidato do PSB, Ricardo Coutinho, passou o tempo inteiro contestando os números, diferentemente do que fazia quando nas disputas passadas ele se apresentava à frente.
Da semana passada para cá, por exemplo, o Guia Eleitoral e as ações de rua em João Pessoa e Campina Grande geraram a constatação de que o volume das campanhas tinham tomado maior dimensão, especialmente a de Ricardo, até projetando a expectativa de que pudesse haver uma redução da diferença, entretanto, a contra-reação dos maranhistas acabou segurando o processo, tanto que a ultima pesquisa insiste em patamar de 19% (Vox Populis) em favor do candidato pemedebista.
Diante deste cenário, levando em conta ainda as criticas de Ricardo a Maranhão – no mesmo nível inverso de Maranhão contra Ricardo, o que poderia modificar essa tendência repetitiva, apesar da resistência conceitual do candidato do PSB de aceitar as pesquisas? Denuncia grave? Ausência em debate – que já se deu mais de uma dezena? O que, enfim, mudaria?
Se for tomado como base o conjunto do que aconteceu até agora não é demais projetar a manutenção do ‘status quo’ de desfecho do processo em primeiro turno na direção do candidato do PMDB, porque com todos os esforços produzidos até hoje em nenhum momento o candidato de Oposição conseguiu estar à frente das pesquisas e o que é real sempre atrás de no mínimo 14% da preferência.
Esta é a realidade nua e crua.
Os Culturais se encontram com Maranhão
Tomou conta das ruas e das bocas a informação de que importantes personagens da cultura e da produção artística da Paraíba se reúne nesta segunda-feira, no Centro Histórico, para formalizar manifesto com um conjunto de reivindicações, entretanto, posicionando o movimento cultural em apoio formal à candidatura de José Maranhão.
Dados repassados à coluna por fontes qualificadas dão conta que a qualidade e quantidade de apoios a serem formalizados devem gerar forte repercussão porque muitos dos nomes já foram aliados do candidato do PSB.
Vamos aguardar e ver se isso se concretiza – o que deve acontecer – podendo gerar o entendimento de que RC está com tamanho menor na relação com a Cultura do Estado justamente a área que já lhe foi quase unânime.
Voltaremos a tema.
Umas & Outras
…O candidato a deputado estadual Ricardo Barbosa ligou para negar que tenha sido autor de vaias contra o senador Cícero Lucena. Criticou a assessoria do parlamentar, mesmo reconhecendo que sua relação com o ex-prefeito está debilitada.
…O empresário Ivanhoi Cunha Lima pediu desculpas a Pedro e Fabiano Lucena sobre a infeliz frase de que os dois compunham quadrilha por apoiar Vitalzinho.
…Pela manhã, saia fumaça pelas ventas (com se diz na Torre) de Pedro.
…O debate da Record neste domingo pareceu dança de irmãos – do tipo nem fede nem cheira.
…Prestem a atenção: o depoimento do ex-presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, de apoio à candidatura de Jeová Mesquita é sinal de que lá de cima tem gente interessada nessa opção. E tem mesmo.
…De qualquer forma, Luiz Couto ainda é candidato forte.
…Nesta semana vai ter novidade no Senado. Novidade, não, consolidação do previsto.
…A postura de um conselheiro do TCE no caso de uma licitação da saúde acendeu a luz vermelha na relação futura do Tribunal com o Governo levando em conta a projeção de que Fernando Catao será o futuro presidente da corte. Haja vulcão à vista.
…Ricardo Noblat disse neste domingo que Cássio, Jader Barbalho e Paulo do PT do Pará tomarão o mesmo rumo de Roriz.
ÚLTIMA
“Vai passar nesta avenida/ um samba popular…”
