Luiz Couto: a política, a ciência e o conflito




Admitindo que cada ator da cena política paraibana dispõe de conflitos variados neste momento a resolver,  haveremos de incluir nesse cenário potencializado a figura do deputado federal Luiz Couto em nível de perturbação conceitual atípica.

No caso dele, Luiz Couto, tudo começou lá atrás de modo próprio e com influência de outros aliados de apoio cego ao projeto de Ricardo Coutinho, mas agora vivendo diante de uma nova realidade em que suas referências de apelo coletivo no PT nacional buscam outra identidade e caminho.

Se reparar bem, Luiz Couto vive a potencialidade conceitual de teses explicadas em Max Weber – um dos mais conceituados cientistas da historia da humanidade -, quando trata do dilema que é fazer política enfrentando no tabuleiro da realidade a ética das convicções particulares diante do clamor das responsabilidades coletivas.

Como professor universitário gabaritado, Luiz Couto vive o drama “Weberiano”, para o qual não existe um método pronto, acabado, tudo varia de acordo com os problemas a resolver. Dentro dessa premissa, a atividade social é qualquer atividade que o individuo faz orientando-se pela ação de outros, e ela só existe quando o individuo tenta estabelecer algum tipo de comunicação, a partir de suas ações, com os demais.

Mas, na prática Weber tenta definir a atividade social pelo seu caráter racional. Para isso distingue a atividade racional por finalidade, a atividade racional por valor, a atividade afetiva e a tradicional, gerando o entendimento que só a pessoa individual é um agente compreensível de uma atividade orientada significativamente.

Em síntese, a abordagem até tomou conceito acadêmico, mas a intenção é expor o conflito vivido por Luiz Couto pelo prisma da natureza cientifica porque sua história reconhecida por todos os lados se vê diante de uma realidade incômoda, sazonalmente, porque sua consciência particular vive em confronto com a consciência coletiva majoritária do seu mais expressivo conjunto de valor humano – o PT.

E este é um conflito somente passível de existir aos grandes homens, quando são chamados a refletir pela ótica do que a natureza coletiva exige, mesmo quando na direção contrária do interesse pessoal  forjada por estimulo de alguns elementos mais próximos a tentar impedir reavaliações, também por interesses contrariados, diante do clamor mais alto do movimento de renovação política e social do Pais, que o quer em missão de alto relevo.

Aliás, por fim, diante de tantos apelos produzidos a partir de Brasília – muito acima da pressão, o convencimento, Luiz Couto se depara com a indagação simplória: o que agora vai fazer? Nutrirá egoisticamente a convicção filosófica respeitada ou saberá compreender a participação na responsabilidade, além Paraíba, de aceitar, repito, o clamor de seus lideres?

É tudo isso que faz compreensível o drama de Luiz Couto precisando saber ele que já não mais se pertence na individualidade do desejo porque o Pais lhe reserva uma tarefa além das picuinhas da aldeia.

Ou ele entende isso ou desperdiça a chance mais expressiva de toda a sua vida, sem nenhum demérito a nada, nem mesmo à filosofia.

 

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