Ricardo Coutinho: importância e confissão




Os últimos números das pesquisas deixaram o pré-candidato Ricardo Coutinho em polvorosa. Em desvantagem numérica, reagiu com o mesmo diapasão de quem anda atrás na disputa acusando o instituto – no caso Ibope – por estar aparelhando não se sabe o que.

De fato, o Ibope já errou fragorosamente na Paraiba, mas nas ultimas eleições se redimiu. Só quem não lê direito as coisas pode ignorar o que também fazem os outros institutos,  como a Consult ( exemplo de empresa regional), Vox Populis, EXATO, etc.

Os números fizeram Ricardo sacudir a militância básica de sua trajetória, de onde se extrai a lição de que é preciso respeitar os candidatos, especialmente o opositor ao governador José Maranhão, portanto, não pode ser tratado como pato morto, fora do jogo, não.

Ainda há muito chão pela frente e, para todo bom entendedor, o ex-prefeito é um quadro de valor, mesmo com seus erros e equívocos que têm lhe puxado para baixo.

Só que, sem querer – penso eu – o pré-candidato do PSB fez uma confissão desfavorável aos seus propósitos, ao se contentar ontem com o registro de apoio de 80 das 223 prefeituras do Estado.

Se este for o parâmetro, quantitativo e qualitativo, Ricardo se vangloria de êxito mas, qualquer menino do bairro da Torre sabe somar ou subtrair, logo entende com as contas de minha querida professora Nini que o governador está com 143 prefeituras a lhe apoiar, portanto, essa comparação sacramenta um resultado de derrota para o líder do PSB.

Seja como for, Ricardo merece respeito da mesma forma que o governador precisa ficar atento para que  seus aliados não assumam o perigoso “já ganhou’, porque ainda tem muito chão pela frente, portanto, só o trabalho continuo pode expressar vitoria no futuro.

Por enquanto, o Mago vai em desvantagem por vários fatores, um deles ter se afastado de sua essência programática e nunca mais ter calçado a ‘sandália da humildade’, que faz um bem danado, tanto faz ser em Jaguaribe, Torre ou Cabo Branco.

Mas, em qualquer cenário, ele merece respeito.

Comparação distante

Outro alguém me disse: Ricardo parece muito Antonio Mariz. Olhe assim, disse sem titubear em algumas coisas, sim, mas em muitos outros há diferença quilométrica a partir da densidade intelectual do ex-governador poliglota e de convivencia com a Europa no nivel dos grandes pensadores.

Mariz, de todos que conheço, era o que mais se preparou para governador mas o destino lhe foi ingrato, como para nosso Estado.

Não fazer grandes comparações, respeitando os valores de Ricardo, mas vou lembrar um fato – gesto simpes para mostrar a diferença entre eles.

Já governador, Mariz que tinha um xamego forte com a Esquerda, não conseguia passar muito tempo sem conversar com Simão Almeida, Emilia Correia Lima, etc, e com Cida Ramos – hoje diretora do CCHLA, à época presidente d DEC da UFPB.

Cida queria falar com ele, foi ao Palácio, mas por excesso de zelo com outras agendas, o querido Claudio de Paiva Leite acabou nao engendrando a audiência da lider estudantil com Mariz. Logo ela, que entre outras superaçoes, venceu a deficiência fisica.

Quando Mariz soube que ele esteve lá e não foi gerada a audiencia, imediatamente determinou que se localizasse Cida  – o que foi feito – para fazer justiça à importância das relaçoes que Mariz nutria.

Puxa, como faz falta gente assim!

ULTIMA

“O nome/ a obra imortaliza…”

 

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