Como a Cultura é fator e necessidade




A abertura do Festival Nacional de Arte neste domingo remete ao conjunto da sociedade uma reflexão interessante sobre o que somos e podemos ser em termos de presente e futuro, mesmo precisando identificar retardamentos incompreensíveis na perspectiva de correções à frente.

Antes de mais nada, sejamos justos: o engenho do jovem executivo Mauricio Burity à frente da FUNESC e das articulações para a retomada do Festival merece reconhecimento. Aliás, a dedicação do presidente da fundação se estende ao conjunto do que abriga o Espaço Cultural na atualidade em nível a ser assimilado apenas por quem compreendia na pele o encanto que seu pai, o ex-governador Tarcisio Burity nutria pelo conjunto deste equipamento.

Dentro desse conceito, a programação da nova versão do Fenart,  primeiro presta justa homenagem a um dos mais importantes instrumentistas do Mundo nascido em Itabaiana e, segundo, atrai uma pluralidade rítmica e de tendências gerando a impressão de que vamos ter uma semana repleta de valores à exposição e consumo geral.

A propósito do Fenart, chega como elemento seqüenciado a indagação: como o Governo Maranhão está cuidando da cultura em sentido macro? A resposta quem nos dá sem arrodeios é o Sub-Secretário Davi Fernandes ainda precisando se afastar da timidez ou reclusão de pronuncia para que a sociedade conheça o que anda fazendo:

– Optamos nestes poucos meses de gestão em organizar a estrutura e as políticas existentes para eliminar a cultura de descontinuidade tão maléfica, tanto que, por exemplo, resolvemos todos os impedimentos que havia na aplicação dos recursos do FIC, desobstruímos os obstáculos da construção do Museu da cidade, agora adicionado do Memorial Sivuca, além de estarmos com inúmeros projetos aprovado para execução em conjunto com a classe artística e intelectual do Estado – teorizou Davi Fernandes.

Se tudo isso se constata com os documentos que o sub-secretário exibe, inclusive a realização de mais uma versão da Bienal Nacional do Livro na Paraiba, então está provado que Davi precisa sair do casulo e passar a debater todas essas questões junto aos diversos veículos de comunicação, além das entidades da área, porque não faz sentido acumular tantos projetos sem conhecimento da sociedade.

Sei que, em tese, isso faz parte do perfil comedido do sub-secretário merecendo alteração imediata até porque, segundo revelou, o Governo deve dobrar o volume de recursos para a Cultura podendo chegar a R$ 3 milhões, sem contar as captações de outros recursos externos no Governo Federal e a iniciativa privada.

Em sendo assim, ainda se faz indispensável que a Cultura enquanto segmento possa estar também representado no Conselho de Desenvolvimento Econômico, ultimamente em atividade e envolvendo os diversos setores da sociedade, porque faz tempo nossas ações culturais se traduzem também em incremento econômico para a sobrevivência de muita gente neste estado, portanto, é importante que sejam apresentados projetos e políticas arrojadas na direção do futuro.

Davi Fernandes e outros personagens como Mauricio Burity e, especialmente o antenado e poderoso Secretário da Educação e Cultura, Doutor Francisco Sales Gaudêncio, precisam sistematizar propostas nessa dimensão sem o acanhamento comum em nossa província que sonha baixo e ousa menos, ou seja, precisamos ousar fortemente enquanto é possível e temos gente em condições de tal comprometimento.

 

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