Pragmatismo. Esta é a palavra que permite todo o tipo de anomalia conceitual, em tese, que se atesta na atual vida pública onde coerência é outra palavra bem distante de se respeitar. A vigésima posse de Liberalino, anteontem, na Federação dos Trabalhadores da Agricultura com a presença de Ricardo Coutinho é um desses exemplos.
‘Ninguém aparece, nem tem interesse’
Fazia tempo que a advogada Sany Japiassu não ia à Fetag, mas ela resolveu prestigiar o amigo Liberalino. Lá, ela que foi advogada em horas importantes e dificeis da federaçao, reviu vários colegas – muitos em fase de aposentadoria.
– Quanto tempo, você ainda por aqui na Fetag? indagou ela.
– É minha filha, estou sim, porque ninguém aparece, nem tem interesse – respondeu.
Faltou alguém dizer: para que serve ter interesse se a máquina derrota todas as alternativas que surjam.
Isso faz mal, embora todos acham normal, mas um dia buscam teses acadêmicas para explicar o fiasco das entidades movidas por interesses pessoais.
O danado é que digo isso respeitando Liberalino, mas seu lugar certamente deveria ser outro na conjuntura.