A comunicação, o partidarismo e a realidade




RIO DE JANEIRO – Os meninos do bairro da Torre, onde tive os primeiros passos na vida, costumavam lembrar o ditado dos mais velhos, segundo o qual a verdade pode até demorar a se estabelecer, mas um dia haverá de vingar, mesmo em meio aos sofisticados sistemas de querer confundir pela repetitividade da abordagem em ‘verdades frágeis’. Em tese é o que se deu durante semana passada devendo servir ( ou tentar servir ) de freio aos efeitos da pesquisa CONSULT a ser publicada pelo Correio da Paraiba de domingo em diante.

A tese vem à tona a propósito dos últimos fatos registrados na Paraíba dando caráter de escândalo a uma conversa da Secretária de Comunicação, Lena Guimarães, gravada de forma criminosa, mas que na prática não resistiu a mais alguns dias para desmontar as intenções elaboradas ao sabor da disputa política.

Caso a caso, reflitamos sobre aspectos diferentes do assunto:

A insinuação era de que Lena estava querendo alterar e/ou contratar pesquisa citando irresponsavelmente o VOX Populis:

Na prática, dizem os fatos posteriores, que em nenhum momento Lena contratou ou quis alterar pesquisas e muito menos tratou com a VOX que, em entrevista exclusiva ao WSCOM repudiou o envolvimento do nome do instituto até porque não esteve na Paraiba para tratar de trabalhos.

Quem então estava na gravação ‘tentada’ ser transformada em escândalo?

Montando todas as peças do ‘quebra-cabeça’ da semana, a gravação aconteceu quando da visita de diretores dos Diários Associados à Secretária para tratar de assuntos institucionais do grupo de comunicação e que, em determinado momento, falou-se em Datavox (que teve pesquisa registrada no TSE pelo Diário da Borborema) com ponderação de Lena Guimarães que, para evitar problemas registrados na Paraíba em outros embates, era mais recomendável que embora trata-se de questão da empresa sugeriu que fossem levados em conta os grandes institutos de pesquisa para evitar manipulação.

É preciso registrar ainda que os Associados não propuseram nenhuma indignada em alterar números – mas o assunto abordado com degravação fora de contexto quis dar essa conotação que o decorrer dos fatos mostra que a Secretária não foi contratante de nada mas abordando em tese disse que exige institutos idôneos sem permissibilidade de manipulação – a rigor podendo até está afeito ao Datavox, mesmo de tamanho pequeno.

Em síntese, a exploração de que a Secretária tentara manipular dados é frágil e irreal, portanto se presta a confundir o processo, mesmo admitindo que o fervor jornalístico busque Furos transformados em informações inconsistentes pela pressa da edição e falta de provas incontestáveis.

Na verdade, tudo o que vivemos nos últimos tempos na relação da Mídia com a sociedade paraibana, como de sorte na Grande Mídia também, sofre a influência do partidarismo a envolver duas correntes políticas na busca de manutenção e/ou mudança do Poder chegando a transformar veículos e profissionais como instrumentos da conjuntura de disputa.

Na democracia, a partir da sociedade americana, tem –se reproduzido o conceito de que os veículos têm posição política a favor das teses de partidos (Democratas e Republicanos), mas a turma anda entendendo errado a cultura da mídia americana. Lá, mesmo com posturas políticas formatadas em termos de conceitos, não se admite que os veículos se transformem em Boletins e/ou panfletos partidários porque a ética e o tratamento da informação plural perdura fortemente.

Sem querer dar lição de moral em ninguém, até porque assumo meus pecados – nem tantos, eu sei, mas enquanto é tempo as lideranças políticas precisam se advertir para a enorme má contribuição que dão ao processo eleitoral de 2010 ao reproduzir armações e/ou denuncias que não se tenha comprovação inquestionável – e isso vale para a Oposição tanto quanto para o Governo.

Aspectos graves a considerar

O episódio serve para alertar veiculos e profissionais de comunicação no sentido de adotar a checagem da informação de forma frequente e responsável para evitar má fé e distorçao irresponsavel, quando se dá.

Agora, há um elemento muito grave, que foi a atitude de gravar uma conversa oficial com uma autoridade.

ABAIXO, O MOTIVO DA DISTORÇÃO DE FATOS

Área Responsável: Secretaria Judiciária (SJD)

Telefone: (61) 3316-3446

E-mail: sj@tse.gov.br Fechar

IDENTIFICAÇÃO:

 

PETICAO UF: PB

JUDICIÁRIA

MUNICÍPIO:

 

JOÃO PESSOA – PB

N.° Origem:

PROTOCOLO:

 

59222010 – 15/03/2010 11:17

 

INTERESSADO:

 

DATAVOX PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA E ESTATÍSTICA

INTERESSADO:

 

S/A DIÁRIO DA BORBOREMA, CONTRATANTE

ASSUNTO:

 

REGISTRO, PESQUISA ELEITORAL

 

LOCALIZAÇÃO:

 

CPRO-COORDENADORIA DE PROCESSAMENTO

 

FASE ATUAL:

 

Registrado

 

 

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