Não é que se transformou em tão inacessível, mas ele tem se apresentado como mais seletivo na conduta dos relacionamentos não permitindo, como de outras vezes, a interferência opinativa e de compadrio de tantos quanto quisessem.
O que pode estar acontecendo, então, para esse novo perfil de José Targino Maranhão?
Um elemento básico está na família, ou seja, no novo formato de relação a partir do seio máter com a presença da Primeira Dama e desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti dando-lhe um contexto de estrutura comportamental familiar extremamente diferente de quando da vez passada na condição de líder político descasado.
Deva-se por dever de justiça admitir que na fase anterior a forte presença das irmãs Wilma e Carmésia também lhe permitiam amparo familiar decente, só que desta feita com a presença da companheira/esposa a forma e estrutura em voga têm natureza peculiar muito distinta por tudo o que representa um casamento bem assumido.
A partir deste dado Maranhão mudou muito. Agregou inúmeros componentes, antes desleixados, como a religiosidade, a cultura de cronologia para cuidar também de si e da família, além da seletividade que a esposa Fátima Bezerra Cavalcanti estabeleceu ajustando em muito alguns paradigmas políticos em torno do governador.
A análise, portanto, pinça como elemento diferenciado que, em meio às mudanças e tolerâncias assimiladas pelo governador, está um reforço ainda não dimensionado no tamanho de como esses aspectos têm produzido efeitos positivos na sua caminhada à reeleição mas que, de relance e superficialidade, dá para admitir conseqüências positivas na sua forma de ser como pessoa mais humanista.
Quanto ao ser político – partidário em si, este anda mais contemplativo e operoso quando quer conspirar seus projetos e, de fácil acesso ao se dispor a ser candidato por mais um mandato no Estado nas ruas dos 223 municipios.
Em síntese, mesmo envelhecendo na idade, Maranhão anda demonstrando rejuvenescimento a partir de sua própria escolha de vida familiar de saber separar o joio do trigo.
