BRASILIA – É lógico, e ninguém duvida, de que a atenção das ultimas horas se volta para se saber os desdobramentos do gesto de Cássio de anunciar apoio a Ricardo, a reação de Cícero, as manobras do governador Maranhão e novidades em curso, mas antes, permitam-me, abordar a ausência da Paraiba, ontem, na solenidade do Presidente Lula com autoridades políticas e de futebol sobre a Copa do Mundo de 2014.
Confesso que senti, principalmente, as ausências do governador Maranhão e do prefeito Ricardo Coutinho porque são peças fundamentais para que João Pessoa (a Paraiba como um todo) possa ser afetada positivamente pelas Sedes de Recife e Natal podendo abrigar seleções estrangeiras durante a Copa.
No Itamaraty, de 16 às 19h42min, estavam a mais representativa ordem de autoridades por metro quadrado a partir do presidente Lula que deu um show noutro aspecto, o da tolerância política e da sobrevalência dos princípios institucionais sobre as picuinhas políticas, ao se referir várias vezes ao governador José Serra, lembrando a ele (Serra) que a hora de disputa não pode atrapalhar as ações administrativas.
Lula deu um show repetindo várias vezes que não vai permitir que o Governo Federal atrapalhe o ordenamento institucional na relação com os Estados e municípios, sobretudo com os que são governadores por Opositores no caso São Paulo, tendo direito à presença elegante do governador Serra, bem como de Aécio Neves, de Minas.
Dois aspectos: não entendi porque Maranhão e Ricardo não participaram das articulações em torno do lançamento de investimentos na ordem de R$ 12 bilhões para construção de estádios, moradias, vias terrestres, etc, porque serviria no mínimo para dizer aos governadores de Pernambuco e Rio Grande do Norte ambos presentes, que a Paraiba quer sediar parte das seleções da Copa de 2014.
Outro aspecto, também incompreensível para meu quengo acostumado com a civilidade do bairro da Torre e do Itamaraty, porque é que o governador e prefeito não geram uma pauta mínima de encaminhamentos públicos sem comprometer as posições antagônicas entre eles no campo do debate político.
Sinceramente, toda vez que isso retarda acontecer penso cada vez mais que precisamos sacudir nossas vaidades e sermos mais tolerantes e civilizados para separar atitudes de interesse público das questões pessoais.
Ainda é tempo de se fazer minimante.
O Rio como exemplo
Durante o Panamericano, há 2 anos atrás, sem o apoio decisivo do Presidente Lula o Rio de Janeiro não teria condições de bancar o grande evento esportivo. O prefeito à época era Cesar Maia que orquestrou no dia da abertura uma sonora vai ao presidente. Foi uma atitude inadmissível e de má educação sem par.
Pois bem: no ano seguinte, Lula se apresentou como o estrategista mais importante para fazer do Rio a sede das Olimpíadas, vencendo Obama e Los Angeles (Mais bem estruturada) como troco às vaias no Panamericano.
Esta, sim, é a atitude de um agente político de educação acima da grande média.
Desfalques para Ricardo em breve
O pré-candidato Ricardo Coutinho vai colecionar uma série de baixas no arco de apoios partidários muito em breve, não só porque não tem sabido compatibilizar interesses entre aliados (o caso PTB e DEM é um deles), mas por outras desatenções segundo disseram à Coluna grandes caciques partidários pedindo para não revelar os nomes, ainda.
O governador Maranhão anda conversando há dias com essas lideranças devendo tê-los formalmente em breve.
Expectativa em Recife
Como é de conhecimento geral, as reuniões puxadas pelo presidente nacional do PSDB, Sergio Guerra, para Recife nesta quinta-feira em nada alterará a posição de Cícero Lucena.
Anotem.
Avaliações planaltinas
Brasília, capital do Poder é também o ambiente mais adequado para acompanhamentos dos cenários em cada um dos estados.
Sobre a Paraíba, baixaram alguns dados importantes e que apontam vantagem do governador sobre o prefeito em 6 pontos, mesmo sendo informação para consumo dos cascas grossa.
Tem muitos dados interessantes a se saber. A Coluna vai ajudar os internautas a compreender os cenários, doa a quem doer.
Última
Se eu disser que é meio sabido/
Você diz que é meio pior…