BRASILIA – Se há uma cidade que respira conspiração 24 horas por dia esta é a Capital Federal tão bombardeada no passado pelo mau humor carioca, que se despedia do controle e do Poder, mas que hoje já cinqüenta se prepara ano que vem com o intuito de comemorar a casa dos 50 de rombo, como diria Dera, ex-técnico do São Gonçalo, hoje Grão Mestre da Maçonaria tabajara.
O preâmbulo serve como luva para comentários já ouvidos em Brasília de que o senador Roberto Cavalcanti já começou a se movimentar dentro do seu ritmo possível para construir o futuro do próximo ano no qual mais uma peleja se projeta em busca do Poder.
Em tese, como desejo, nada seria mais agradável para o senador e empresário de comunicação do que se manter no solo azul da cor do céu do Senado Federal. Não sei porque a minha imaginação quando penso na função e a estrutura do Senado é em algo muito parecido com céu de brigadeiro.
Mas, Roberto sabe que não é nem será fácil retornar ao Posto em face, sobretudo, do aspecto eleitoral em si porque, mesmo desenvolvendo um mandato de resultados e presença sua performance ainda está muito aquém dos votos necessários à renovação do mandato.
Por essas e outras, já há quem elocubre no sentido de fazer o senador pensar na Vice-governadoria, hoje muito bem ocupada pelo farmacêutico Luciano Cartaxo (PT) homem de bem e jeitoso no trato da política. Não será fácil desalojar Cartaxo ou alguém do partido, mas não deixa de ser uma hipótese e / ou desejo pelo fogo e dimensão que Roberto tem no contexto da mídia.
Roberto sabe também que enfrentar o ex-governador Cássio numa parada de ataques e contra-ataques não é tarefa muito fácil, além do mais os nomes lembrados pelo partido para o cargo Wilson Santiago e Vital Filho – ainda precisam se cacifar mais eleitoralmente se comparados com Cássio, Efraim e Ney.
Mesmo assim, ou seja, na hipótese da Vice ser o aval ele ainda terá de disputar cargo com o PT e outros aliados, sem contar a birra que com o grupo da Rede Paraíba de Comunicação certamente a querer desalojá-lo da parada.
Seja como for, Roberto Cavalcanti está no jogo e será peça importante no frigir dos ovos quando da decisão lá em 2010 sobre esses novos cenários, por isso a Coluna sai na frente mais uma vez com um tema já presente em várias rodas.
Atrito no Bargaço
O advogado Assis Almeida protagonizou antontem momentos de muita tensão diante do tom áspero produzido com um outro advogado em almoço no Restaurante Bargaço.
– Sou amigo do governador Maranhão e convivo com a reciprocidade dele inteiramente dizia o interlocutor diante de comentários de Assis Almeida, conforme algumas fontes.
Ficou claro que o clima esquentou e quase sai faísca. Testemunhas, entre elas dois empresários da construção civil e da comunicação, ficaram sem entender o tamanho da indisposição entre eles.
Sem apupos
De Santa Catarina, onde se encontra participando do Colégio de Procuradores de Justiça do Brasil, Oswaldo Trigueiro do Vale liga para esclarecer que inexistiu a vaia no tom expressado na Coluna anterior com base em relato de alguém presente.
O procurador de Justiça explicou que reuniu todo o MP em João Pessoa e Campina para esclarecer a realidade difícil das finanças do setor merecendo ajustes imediatos antes da ingovernabilidade.
No mais, ele disse que tudo anda 100% algodão.
O olhar sensato de Donana
Via e-mail, a amiga Ana Adelaide, expõe sua opinião sobre comentário nosso, anteontem, citando o companheiro Julio Rafael como um dos responsáveis pela derrota de Luiz Couto.
Ana acha que peguei pesado; Lafaiete Coutinho também, mas não foi assim, não. É que eles não sabem das repetidas análises desatualizadas feitas por Júlio sempre zombando das leituras que fazia, daí ter dito que ele precisava encarar a realidade de outra forma.
Tenho muito respeito e carinho por Júlio, mas não posso esconder que ele tem precisado melhorar mais suas avaliações ele que é um dos melhores quadros dentro e fora do Partido dos Trabalhadores.
No mais, Donana, sigamos o grito de guerra: a luta continua.
Última
Não é o lugar que faz a gente se sentir em casa/ São as pessoas