A primeira delas se fixou no gesto do diplomata vereador Bira, líder do PSB na Câmara Municipal de João Pessoa, de assumir a condição talebã contra o Governo Maranhão denunciando licitação viciada na Secretaria da Saúde. Veio a reação e o Governo anunciou apuração, bem como garantiu zelo com os cofres ao informar que o processo licitatório ainda não foi concluído logo não haverá perdas para o erário.
Outra cena desmembrada em duas aconteceu em Geovani Meireles, na Arapuan, com as presenças do governador Maranhão e do prefeito Ricardo em dias seqüenciados. O líder do PMDB não passou recibo na denúncia e o chefe do executivo municipal evitou polemizar já agora em torno da acusação de seu líder.
A terceira cena cruel enquanto anônimo se reproduziu através de faixas e panfletos acusando o prefeito de inúmeros desatinos, como a sinalizar que será daí para pior o grau de acusações afetando a moral e a imagem dos lideres políticos no caso em tela, de Ricardo Coutinho.
Aliás, esses elementos a afetar a reputação me chegam com zelo maior porque na boca miúda já são muitos os que prevêem uma avalanche de denuncias contra o operoso prefeito. Se forem como dizem algumas são mesmo cabeludas.
Daí indago cá comigo e meus botões: como Ricardo se comportaria diante de uma saraivada de acusações, mesmo com a admissibilidade de tantas serem improcedentes, à lá como sofreu o ex-governador Cássio Cunha Lima em seus 6 anos de governo.
Ricardo suporta mesmo campanhas denegrindo sua imagem, logo ele que foi beneficiado ao longo de sua trajetória pelo abrigo dos profissionais e veículos de comunicação muitas das vezes apenas como estilingue e, agora, numa posição inversa de vidraça como conviveria nesse mar de acusações?
Este é um dado importante para se compreender o futuro da eleição estadual, especialmente no embate governamental, porque no caso de Ricardo ele sempre se viu noutra posição de acusador e não de acusado como presumem seus adversários desde agora.
E a sociedade, como ela reagiria? Dentro desse macro-espaço, e as micro-regiões no Interior do Estado, também assim como processaria a imagem do prefeito, hoje intocável pela condição incólume em que se encontra sem conviver com petardos?
O fato é que a iniciativa de Ricardo de cutucar o governador Maranhão deve lhe render momentos de desconforto, ainda sem sabermos se ele terá musculatura suficiente para atravessar a tudo sem ficar menor na sua imagem de futuro.
São exercícios, ainda sem base de sustentação real como estes, que podem ajudar muito a sociedade entender para onde vai seu amanhã, no caso, seus lideres políticos.
Agora, que vai ferver e possivelmente feder, isso também não se configurará em novidade. É sempre assim, aqui ou na disputa dos Estados Unidos. A diferença é que nos EUA e na Torrelândia, por exemplo, a guerra termina no resultado das urnas.
