IBOPE: outros valores de 2010

Embora estejamos distantes do período legal das eleições de 2010, os novos números apresentados pelo IBOPE, conforme pesquisa veiculada na Rede Paraíba de Comunicação, apontam luzes que permitem compreender diversos valores da conjuntura política do Estado, sobretudo na preferência popular na direção da sucessão para o Governo do Estado.

Os números absolutos de 38% pró Ricardo Coutinho contra 37% em favor do governador José Maranhão e 14% para o senador Cícero Lucena apontam rigoroso empate técnico entre os dois primeiros pré-candidatos diante de vários aspectos a merecer análise das pessoas.

Primeiro, a candidatura tucana – melhor dizendo o PSDB – tende a ser um fator de desequilíbrio na disputa. Nesse contexto, não há menção direta da influência do ex-governador Cássio Cunha Lima no processo, mesmo que a aprovação mensurada na pesquisa (52% a 28%) de uma hipotética aliança entre cassistas e ricardistas seja um novo elemento a ser determinante.

Aliás, o desempenho de Cícero Lucena com 14% é algo que merece atenção porque traduz um capital eleitoral expressivo, mesmo com seus limites de crescimento em face da alta taxa de rejeição (34%, o maior entre os três pré-candidatos). Como ele fará para expandir esse percentual e/ou resistir com o projeto de candidatura só o tempo dirá, mas a dados de hoje a disputa iria para segundo turno.

Um outro fator especial: a pesquisa mostra que o nome de Ricardo está disseminado em todo Estado, diferentemente do que se propagava, tanto que chega a ser mais citado na preferência no Sertão (49% contra 45% do governador Maranhão), mas perde na região da Borborema (CG) para o candidato do PMDB (60% contra 36% ), se bem que no contexto geral das regiões o prefeito pessoense, que tem maior avaliação na Capital (62% a 25% – Maranhão), é de 47 a 41%.

Dentro desse cenário, é fundamental levar em conta o fator da rejeição dos pré-candidatos porque numa hipótese de segundo turno esse elemento pode ser decisivo, daí os números de 34% de Cícero, 32% do governador Maranhão e 15% de Ricardo projetarem um contexto favorável ao prefeito.

Em síntese, o rigoroso empate técnico exposto na Pesquisa sugere ao esquema do governador Maranhão um reexame das táticas de agora em diante para poder ampliar seus índices até junho de 2010, sobretudo, na relação com a sociedade sobre seu desempenho de governo e as articulações político – partidárias na direção do futuro. E a comunicação dos atos terá também um fator preponderante, além das realizações em si.

No caso de Ricardo, como ele não chegou a visitar 68% das cidades, logo se deduz que quando ampliar sua visibilidade e puder ter o apoio do ex-governador Cássio tenderá ao crescimento eleitoral podendo, dependendo de diversos fatores, construir o favoritismo.

Trocando em miúdos, como se diz na Torrelândia, o quadro de intenções requer dos pré-candidatos mais ação e maior habilidade na conquista das alianças.

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