RECIFE – A presença do presidente Lula pela sétima vez neste ano de 2009 no Estado de Pernambuco teve como mote principal reavivar a obra de Transposição do São Francisco, se bem que outros atores correlatos a partir dos presidenciáveis Dilma Roussef e Ciro Gomes, sem contar o governador Eduardo Campos tiveram o respingo dos efeitos da visita, incluindo nesse processo o governador José Maranhão.
O conjunto de ações nestes dois últimos dias, também levando em conta os movimentos do governador José Serra sábado passado em Petrolina e de Aécio Neves em Salvador sem esquecer Ciro pelo interior de Pernambuco servem para assegurar com todas as letras que a precocidade da campanha de 2010 tomou conta.
Ninguém assume, ninguém diz mas todos discursam na direção das disputas presidencial e governamental do próximo ano, queira ou não queira a Justiça Eleitoral.
No caso da Paraíba a forma com que Maranhão tem tratado estrategicamente seus movimentos de vinculo com a candidatura de Lula e Dilma reforça cada vez mais a convicção de que ele já fez sua escolha em termos de aliança para 2010.
Este cenário produzido pelo governador deixa o prefeito Ricardo Coutinho com embaraço, primeiro porque Maranhão não larga mais a proximidade com Lula e, segundo, a possibilidade de candidatura de Ciro Gomes pode construir outro palanque ao pré-candidato do PSB.
É cedo, outros dizem, mas quem viu os passos e cochichos de Maranhão com Lula e Dilma não tem duvidas de que ele não vai mais largar essa condição de apoiador de Lula e sua candidata para também auferir resultados positivos ao seu projeto de reeleição.
Briga quente
O nível de relacionamento fragilizado entre Maranhão e a família Cunha Lima não para de oferecer novidades nos bastidores da vida política e pública do Estado.
A última dá conta de que o governador resolveu questionar na justiça a presença do conselheiro Fernando Catao compondo o Tribunal de Contas.
Catão promete reagir à altura.
