SÃO PAULO – Consultando fontes bem informadas fora do Ministério Público da Paraíba acabo de saber que a Procuradoria de Justiça se prepara para, em breve até outubro constituir a lista tríplice que enviará ao governador José Maranhão para escolha do substituto da vaga a ser deixada pelo desembargador Julio Paulo Neto.
Ninguém assume, mas ouso projetar que o futuro dessa vaga passará pelos nomes dos procuradores de Justiça Lúcia Farias, José Raimundo e Kátia Lucena. Méritos e histórias distintas haveremos de atestar em cada um deles que, de modo próprio, o Ministério Público em si sabe avaliar a dimensão dos nomes aventados.
Fora do processo, convivo com a liberdade de enxergar no processo caminhos que podem redundar num desses três nomes, sem ignorar a marcação política registrada na indicação das duas ultimas vagas do MP preterindo a Procuradora Lúcia Faria por ser ela pessoa simples, na sua e sem envolvimento político.
Destarte observo: nem mesmo a vida concentrada, de dedicação soberana à lide ministerial pública e somente só desgruda dela a casualidade de merecer respeito e admiração de todos, inclusive dos governantes, mas sem a fazê-la por mérito integrante do douto colegiado do Tribunal de Justiça.
Daí a indagação: por que a mais conceituada e respeitada Procuradora entre os membros do MP com todo o respeito às Dras Janete e Kátia Lucena, da mesma ao Dr Raimundo -, é sempre bem avaliada mas, nas últimas duas vezes, não incide sobre ela a indicação final dos governantes?
Será que o governador José Maranhão manterá essa condição discricionária ou, enfim, prevalecerá o reconhecimento do mérito de quem se formou e até hoje vive sob a dedicação total ao Ministério Público?
Ninguém, de fato, sabe no que vai dar quando outubro chegar, mas se há prevalência do mérito em solo tabajara, sem apego exclusivo ao gesto político de valor presente, certamente que um dia poderá existir o momento da serenidade reconhecer que, enfim, é chegada a hora da afirmação construir o reparo.
