Invencão, maluquice ou premonição ?

SÃO PAULO – Para variar, a Paraíba não para nunca de pensar e agir como se estivesse sempre em campanha política. A última, agora, é voltar as atenções para o Supremo Tribunal Federal onde, mais dia menos dia, a Corte decidirá sobre ação interposta pelo PSDB tratando de eleição indireta (via Assembléia Legislativa) ainda no caso pós cassação do ex-governador Cássio Cunha Lima.

Entendamos: nos próximos dias o STF vai gerar jurisprudência definitiva para determinar o remédio em caso de cassação de mandato, após o segundo ano concluído, ou seja, na metade mais um dia do mandato.

No caso em tela, especificamente no caso da Paraiba diferentemente do que adotou em Tocantins, o TSE decidiu que o segundo colocado assumiria o Governo, como aconteceu imediatamente após a publicação do Acórdão ( termos finais da decisão do TSE).

Só que o PSDB recorreu ao STF argumentando os Artigos 71 e 72 da Constituição Federal e, ato continuo, a decisão do TSE havia ferido a Constituição, daí o imbroglio estar agora para o Supremo decidir, sobretudo porque a Corte Eleitoral decidiu de duas formas diferentes para casos comuns – Paraiba, Maranhão e Tocantins – como se sabe no ultimo estado a escolha foi feita via Assembléia Legislativa.

É em face dessa conjuntura tão cheia de detalhes e importância que o processo voltou a animar os aliados do ex-governador Cássio Cunha Lima, ainda nos Estados Unidos, já que nutrem a esperança e fé de que o STF possa rever o caso da Paraíba adotando nova eleição indireta, o que seria uma reviravolta até bem pouco tempo atrás tratada como inimaginável.

A ‘confiança’ é tanta que já há disputa entre o presidente da Assembléia Legislativa, Arthur Cunha Lima e o senador Cícero Lucena diante da hipótese de nova eleição.

Uma hipótese surpreendente como essa também poderia abrigar o governador José Maranhão na disputa de cada um dos 36 votos. Atualmente, ele tem do bloco situacionista abertamente 16 votos contando ‘na moita’ com votos a lhe dar maioria variando entre 4 e 5 deputados, mesmo em partidos da Oposição.

Se Maranhão manteria esses apoios – repito, na hipótese do STF decidir por nova eleição indireta – seria a grande incógnita sabendo que ele é muito bom de bastidores em eleições de pequeno universo, mas estaria diante da presença do ex-governador Cássio na briga por cada um dos votos, o que, convenhamos, seria uma briga de titãs.

Também por essas e outras a sucessão ainda está por carecer de muitos fatos e decisões à frente.

Ultina

“Só eu sei/ os desertos que atravessei…”

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