Embora o assunto agora tratado esteja desprovido de garantias prévias do Supremo Tribunal Federal, que em breve votará sobre o pedido de eleição indireta na Paraiba depois da cassação do governador Cássio Cunha Lima, este é um assunto que tem tomado o tempo de algumas lideranças da Oposição falando com tamanho desembaraço a impressionar.
Pelas contas de alguns advogados ligados ao Grupo Cunha Lima não será nenhuma surpresa se, quando entrar em pauta provavelmente até setembro, o STF recomende a aplicação de dispositivo mandando fazer nova eleição na Paraiba.
Pelo sim, pelo não, tanto o senador Cícero Lucena quanto o presidente da Assembléia Legislativa, Artur Cunha Lima, andam animados com essa tese, mais do que isso esperança de reversão de contexto.
Por outros motivos, entre os quais de buscar levantar dados sobre o desempenho do Governo Cássio, o senador Cícero reuniu ex-secretários da gestão anterior para conversar sobre todos esses assuntos abordados pela Coluna neste momento.
Se não vingar nada, certamente esta estabelecida a intenção incessante de Cícero de que é o nome mais interessado no grupo a encampar a luta em defesa do governo anterior e de enfrentamento com o atual governador, embora alguns cassistas duvidem dessa condição radicalizada em face do bom relacionamento do senador com Maranhão.
Só que, Cícero não desiste também porque está assumidamente incorporado à luta do governador de São Paulo para fazer Serra ter alço assegurado na Paraiba e, mais do que isso, possa vencer as eleições presidenciais.
O senador tomou gosto pela difícil missão e parece nem abrir para um trem, como se diz na Torrelândia, visando flexibilizar posição. Até lembra aquela cantiga famosa: daqui não saio/ daqui ninguém me tira.
De tudo falta-lhe apenas um componente fundamental: combinar com o povo.
