Cícero aceita conversa, menos sobre acordo

O que se imaginava acontecer, aconteceu: o senador Cícero Lucena, enfim, encarou a realidade dos fatos que, a contra-gosto, registrou a abertura de entendimentos entre o Grupo Cunha Lima e o prefeito Ricardo Coutinho num processo que, além de magoar, deve gerar conseqüências menos agora, porque o parlamentar resolveu admitir conversações sobre emendas para a cidade de João Pessoa.

Alias, desde sábado, em entrevista exclusiva ao WSCOM, o ex-prefeito da Capital já havia falado sobre essa possibilidade, tanto que a repetiu neste fim-de-semana em Itaporanga.

Repitamos: Cícero disse que está aberto a conversa sobre emendas com Ricardo Coutinho.

E fica nisso, ou seja, não há hipótese de avançar além dessa condição, mesmo que seja possibilidade (a de estender as conversas para 2010) assimilada pelo conjunto dos Cunha Lima, a partir de Ronaldo, Cássio, Ivandro e Arthur como algo possível, mas não por Cícero.

Na prática, o que se vê é um conflito de interesses futuros já podendo ser possível intuir que não há mais primazia, como se tinha antes, de falar primeiro com Cícero sobre questões ligadas a João Pessoa, da mesma forma que o mesmo é verdadeiro em conversas formais sobre interesses do Estado tratadas pelo senador com o governador Maranhão e o senador Roberto Cavalcanti – adversários ferrenhos dos Cunha Lima.

Ora, se isto é verdadeiro aos poucos se estabelece a máxima de que tanto Cássio age como quem já não deve mais nada a Cícero, da mesma forma que Cícero parece dizer o mesmo em relação ao ex-governador, embora mantenham publicamente acenos de reciprocidade cada vez mais tênue.

Como se sabe, em 2002 para ser governador Cássio precisou do apoio de Cícero em João Pessoa e de sua decisão de nao ser candidato ao governo do então governador Maranhão. Só que, em 2006, fragilizado pela Operação Confraria, Cássio manteve o apoio ao ex-prefeito, que se elegeu senador. Seria, como se diz na Torrelândia, elas por elas.

Se é assim, muita novidade pode se efetivar no curso da história contemporânea. É só aguardar.

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