Outro jeito de curtir São João

ALGODÃO DE JANDAIRA – Do que vou falar agora só a idade e a condição de pai ou mãe pode mensurar no peito a batida da saudade que sentimos quando nos deparamos com a filharada decididamente apartada da mesma ambiência em meio aos festejos juninos.

Até sinto esforços para todos da família estarem no mesmo canto e sintonia, mas nem sempre isso acontece no decorrer de certo tempo em diante da vida dos nossos filhos.

A fogueira arrumada por Zé, um dos vaqueiros do Curimatau mais antenados que conheço, em plena véspera de São João ,compunha uma expectativa de felicidade possível já se sabendo previamente da vinda animada de Taline e Pablo, rebento amado com seu filho Rafael, mas não ter Vinicius ao lado sempre muito cuidado pela mãe Maisa geraram, sem dúvidas, um sentimento de melancolia até porque as canções de Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Pinto do Acordeon, Livardo Alves, Marines e companhia aguçaram esse clima.

Filhos a gente os tem para criá-los e entregá-los ao mundo, mesmo com a resistência de outra consciência, frágil mesmo, de nutrir o engano do querer vê-los sob as asas ou proteção de modo continuo – até que chega o momento da ‘separação’, do corte real do umbigo provocado por outros caminhos e desejos gerando com isso toda essa nostalgia junina.

A rigor, como costumam dizer os meninos da Torre, o sentimento saudoso aplica-se ao conjunto dos outros festejos e não apenas aos de Santo Antonio, São João e São Pedro, como de sorte no cotidiano da vida, porque faz parte da conduta humana interromper ciclos em nome de novas descobertas.

Se tudo isso é verdade, só mesmo o tempo pode impor a sabedoria popular valorizando tanto a importância dos pais que durante quase uma vida inteira não se é apercebida pela consciência filial.

Saudosismo – deve ser a condição mais forte que bate à porta para explicar como a dor da saudade se instala com tanta força buscando nos pais o impossível, o calor permanente do abraço e aconchego filial de quem pensa e precisa conquistar o mundo, portanto, está em outras pairagens.

Neste ano de 2009, convivi com o calor das fogueiras ao lado de gente muito especial, mas confesso que a ausência de Pablo e Vinicius em boa parte do tempo me levou à melancolia junina remoendo todo o tempo lá atrás quando com o mano Duda e Alaíde sob o comando afetivo de Maria Julia (in memorian) vivíamos a presença de todos num só ambiente.

Seja como for, sentimento assim somente é possível sentir por quem nutre a família como elemento fundamental da vida.

Umas & Outras

O período chuvoso mudou a face das diversas regiões da Paraiba. Até mesmo áreas escassas de chuva continuada, como as em torno de Juazeirinho ou o Curimatau de forma geral, têm se exibido com o verde espalhado produzindo fartura de água e plantações dos vários grãos.

Se tudo isso fosse pouco ainda tem os efeitos da energia promovendo transformação na relação das pessoas com a ambiência rural de forma extraordinária.

Assentamento produtivo

Quem passa pela rodovia ligando Remígio a Barra de Santa Rosa / Algodão de Jandaira atesta do lado direito, 10 km de Remigio, a produção e qualidade de vida em assentamento de outrora sem-terra, agora com milho, feijão e criação de animais fazendo dessa convivência a mudança de vida para melhor.

Tudo isso porque se ofereceu terra a quem precisa com envolvimento real das pessoas gerando sua própria sobrevivência.

Conferência de Segurança na Paraiba

O comitê organizador da Conferência Nacional de Segurança em sua versão estadual decidiu adiar para os dias 11, à noite, 12 e 13 – durante manhã e tarde, no UNIPE, a série de atividades visando sistematizar a contribuição da Paraíba na etapa nacional, em agosto.

O coordenador estadual, advogado Mário Junior, explicou que o adiamento decorreu da necessidade de ajustar as condições estruturais para que o processo gere êxito e resultados proativos.

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“Se eu fosse Deus/
daria aos que não têm nada…”

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