A rotina de cuidar de muitas coisas ao mesmo tempo nem sempre me faz presente no front da notícia no WSCOM Online – o que é suprido pela qualidade de nossa equipe de repórteres e editores.
Ressalva feita, quase tomo um susto danado ao ler noticia de que a Procuradoria de Justiça na Paraíba vive um de seus piores momentos, enquanto clima interno de convivência entre interesses dispares.
A última nota dá conta de uma perseguição contumaz contra os procuradores que, por opção e consciência própria, defendem a manutenção do status quo no Ministério Publico permitindo aos promotores de justiça o direito de votar e ser votado para Procurador Geral.
Na lista de vítimas eis que, mais uma vez, tentam atingir a figura exemplar da Procuradora de Justiça, Lúcia Farias.
A informação foi vazada à reportagem por funcionários de alto escalão que ouviram conversas de quem age como algoz prevendo ameaças veladas à procuradora, tirando dela o legitimo de direito de compor futura lista de procuradores para escolha de futura desembargadoria somente porque ela defende o direito dos promotores.
Não acreditei, em principio, e fomos mais à frente checar outras informações que, infelizmente, se confirmaram.
Diante deste cenário não há outra atitude senão lamentar muito a queda de nível no Ministério Publico fazendo nova vitima a mesma procuradora Lucia Faria que foi punida num dos últimos processos de escolha de desembargador pelo simples fato de ser esposa de um empresário que, no passado, conviveu com o governador José Maranhão.
Chegou a hora de se parar com (im)posturas, como se fosse pouco a truculência de rasgar princípios democráticos adotados por 21 do 27 estados da Federação levando a Paraíba ao retrocesso incomunal.
Como diz o poeta, quem é que vai pagar por isso.
