Quando a Semana Santa passar

SALVADOR – Já faz algum tempo, mesmo com empenho particular dedicado, o governador José Maranhão tenta concluir mas não consegue e é forçado a adiar o fechamento da equipe de auxiliares de primeiro e segundo escalões. A causa: a rearrumacão da estrutura política de que precisa para carimbar o processo de reeleição quando 2010 chegar.

Por razões óbvias, o governador prefere esticar a corda do que dar o nó definitivo agora para não deixar brechas diante de novos prováveis acordos partidários, alguns já em curso nesta fase do processo.

Tarimbado com tempo acumulado o suficiente para dominar as pedras sobre o tabuleiro, Maranhão joga projetando vários cenários: com a possibilidade de 4 candidaturas à vista, isso levando em conta a esquerda radical presente na disputa, algo previsível; na projeção de 3 candidatos e até a de apenas 2 candidaturas batendo chapa, no caso ele versus Ricardo Coutinho.

Para compor um cenário menos hostil, ele costura sem medo do tempo a cooptação dos partidos e lideranças presentes no jogo. Não é à toa que já rachou o PSB liderado por Ricardo Coutinho porque, a dados de hoje, os deputados federais e estaduais pessebistas, mais alguns políticos municipais, já seguem sua orientação, da mesma forma que o PT na atua conjuntura anda dividido com parte dele (o partido) fechado com o governador. Luciano Cartaxo, Rodrigo Soares, Jeová, Anselmo Castilho, Frei Anastácio, Giucélia Figueiredo, etc que o diga.

Mas as costuras não param aí. Podem anotar: partidos como PDT, PP, PR etc estão lentamente entrando na mira dos entendimentos que podem não dar em nada, mas cartucho e espaço no governo – Maranhão anda preservando exatamente para as negociações finais, em breve, quando a Semana Santa passar.

A tática é simples porque consiste em ‘secar’ os apoios partidários a Ricardo e/ou outros concorrentes, a exemplo de Efraim Morais e Cícero Lucena, para entrar taludo na disputa.

Neste jogo só um aspecto foge do controle de Maranhão: a consciência do cidadão ou cidadã paraibano(a) sobre o que ele (o futuro eleitor) vai querer para o Estado em termos de projetos e ações estruturantes que respondam concretamente aos anseios da sociedade.

Para poder entrar nesse jogo conceitual, Maranhão vai preciso ralar muito, ir além do Mestre de Obras – isso num contexto de muita cobrança de desempenho até lá, ou seja, 2010.

História ele tem.

De orelha em pé

Mesmo com o senador Efraim Morais decidido a acompanhar o ex-governador Cássio na formatação do projeto 2010, os últimos fatos levando o líder tucano a se afastar do processo por algum tempo fez o presidente do DEM ficar assim meio sem entender bem a jogada.

Dobrou as atenções do senador e do partido, agora com maior freqüência no interior do Estado mantendo a turma aliada sem defecção.

É que a caneta do Governo às vezes perturba muito.

Pagamento de Pessoal sem problemas

Por telefone, nesta segunda-feira, o Secretário de Finanças, Marcus Ubiratan, disse com todas as letras ao Colunista que o risco de problemas no pagamento do funcionalismo deixou de ser a maior preocupação porque, no seu entendimento, tudo está sob controle.

Mesmo com a retração da receita do FPE e da possível redução do ICMS, ele já não se assusta como quando chegou à Pasta.

Na prática, é sinal real de que a Receita estadual casada com o gerenciamento das Finanças anda bem faz tempo, desde o governo anterior, porque senão ‘estourava’ agora.

Sereno, Marcus Ubiratan é quem dá o tom nessa seara.

Preocupação com razão
Procede a preocupação do deputado federal Vital Filho quanto ao rumo da captação de recursos para o Maior São João do Mundo, como de sorte da Micarande, porque os cortes no Governo Federa e grandes patrocinadores já se faz sentir.

O bicho só não é mais brabo porque o Governo do Estado chega como suporte supridor.

Por que será?

Fato constatado: uma escola de ensino médio do Estado instalada no município de Picuí acabou fechada dias levando os alunos agora a terem que estudar em Nova Floresta, a 15 Km da cidade.

Se funcionava até hoje sem queixas e com resultados, por que os estudantes vão pagar o preço da birra política?

Com a palavra Sua Excelência o Secretário de Educação e Cultura, Doutor Sales Gaudêncio, prevendo-se com antecedência o não conhecimento de postura insensata pelo secretário.

Cadê Jarbas Mariz

Quem esteve vendo o Especial com o genial Jackson do Pandeiro, domingo passado, na TV Cultura, de São Paulo, pode atestar a ótima fase/ performance do cantor e compositor Jarbas Mariz participando do programa/homenagem ao filho de Alagoa Grande.

De cara me veio a pergunta: por que as equipes de Cultura do Governo do Estado e das prefeituras de João Pessoa e Campina, como as demais, não contratam um artista de valor e reconhecimento nacional?

Como dizia Chacrinha, ele merece.

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