SÃO PAULO – A dinâmica da atividade política no Estado continua a promover fatos seqüenciados, como se fossem mosaicos juntando-se um a um, podendo compor nova formatação também partidária de forte impacto mais na frente.
Tudo bem que o argumento de agora é a civilidade tão necessária em nossa cena política, mesmo assim não consegue encobrir a sutil aproximação do grupo mais próximo do senador Cícero Lucena na direção do governador José Maranhão já assegurando como primeiro efeito a maioria em favor do chefe do executivo na Assembléia Legislativa.
Entendamos alguns fatos seqüenciados para a conclusão de cada um dos internautas: ponto 1 ontem (segunda-feira), Cícero participou de programa radiofônico na Capital em que exortava todos os seus aliados, deputados e vereadores, a reagir contra qualquer possibilidade de aproximação com o prefeito Ricardo Coutinho.
Ponto 2 nesta terça-feira, um dia depois da entrevista, os deputados estaduais Ruy Carneiro e João Gonçalves se encontraram com o governador Maranhão na Granja Santana, em horários diferentes, ambos saindo com comentários positivos na relação com o chefe do executivo. João, por exemplo, saiu repetindo que vai votar favorável aos projetos do governador na AL por se sentir abandonado.
Ponto 3 na Câmara Municipal quem quiser saber o termômetro entre o cicerista Hervázio Bezerrra e o ex-governador Cássio basta dar ouvido ao que ele fala no off, inclusive envolvendo Ricardo Coutinho. E pau puro. Se isso fosse pouco, a semelhança e condição familiar do vereador com os Bezerra Cavalcanti da primeira dama, desembargadora Fátima, tem azeitado os entendimentos informais.
Também não é novidade nenhum a constatação de ótimo relacionamento entre o governador Maranhão e o senador, atual presidente do PSDB, condição que so permite a imaginação fértil de que, por inexistir problemas entre eles, uma perspectiva de aproximação política lá na frente nunca seria alternativa descartada, muito pelo contrário.
Até agora não há a formalização de aliança entre eles, mas nem precisa para compreender os sinais exposto, tudo diante da suspeita geral de que o ex-governador Cássio e o prefeito da capital podem selar aliança política. Como diz o poeta catolaico, o olho que existe é o que vê.
Pelo sim, pelo não como diz os meninos do bairro da Torre, onde há fumaça, há fogo. Será?