Ney: o futuro político (in)certo

Quem chega nesta segunda-feira em João Pessoa para começar a avaliar e construir seu futuro político na Paraíba é o ex-senador Ney Suassuna. São três, apenas, as alternativas à frente: se vai encarar a disputa no Senado ou a Câmara Federal e, a mais radical, deixar de vez a cena política.

Em tese, Ney se mantém com a lembrança de seu nome ainda fisgado no imaginário coletivo, segundo pesquisas de opinião publica, porque quando do exercício do mandato senatorial construiu a imagem de um parlamentar trabalhador, carreador de recursos para os municípios.

Desde quando deixou o Senado em 2006, de lá para cá os três senadores paraibanos – Cícero Lucena, Efraim Morais e José Maranhão – não repetiram até agora a mesma performance de Ney no campo fazedor , operacional, por vários fatores, entre eles, a condição de Opositores deixam Cícero e Efraim sem condições de atrair investimentos para o Estado e, no caso de Maranhão, seu perfil mais evidente sempre se deu no executivo, e não no legislativo, além do mais não tem o mesmo pique de Ney.

Mas, independentemente dessa análise conjuntural, o ex-senador é taxado por muitos aliados como omisso em momentos especiais da política recente, como se deu na sucessão municipal, além de atabalhoado na forma de tratar a política. Ele se defende dizendo que ate hoje tem acompanhado os fatos políticos do Estado, embora em velocidade menor motivada por entendimento próprio de que só agora deverá acelerar mais seus projetos.

A bem da verdade, falta um projeto ideológico para o ex-senador – algo que o distinga pelo conceito de defender causas mais gerais, coletivas, e não só elementos pontuais, como se dá em relação aos recursos para os municípios defendidos quando mandato.

Na verdade, Ney vive na dependência da conjuntura, a partir do próprio PMDB onde está filiado e tem relacionamento precário com o senador Maranhão e, na sua conseqüência contemporânea, será preciso conhecer o resultado do processo de cassação no TSE porque dependendo disso favorecerá ou não ao ex-senador.

Ora, se Maranhão assume o Governo gera a possibilidade de disputa da segunda vaga no Senado – a primeira devera ser de Cássio – podendo abrir espaços para Ney porque os outros nomes da lista de disputa – Wilson Santiago, Wellington Roberto e Luiz Couto – abrigam essa condição em favor dele, diferentemente se o atual presidente estadual do PMDB decidir disputar o Senado na hipótese (também possível) do TSE manter Cássio no poder.

Em torno da conjuntura, ainda será preciso entender como ficará o processo de alianças partidárias, os efeitos da disputa presidencial no contexto estadual, além da performance de Ricardo Coutinho como aliado do ex-senador – se será candidato ao governo ou não.

Pelo sim, pelo não Ney está desembarcando com conhecimento de causa, diferentemente do que pensam alguns de que está por fora de tudo.

Batinga, o bombeiro

A crise de relacionamento entre o prefeito Ricardo Coutinho e o deputado federal Manoel Junior anda séria e já merecendo ações de bombeiros.

Um deles é o deputado Carlos Batinga que, ontem, entrou em campo para tentar construir a superação do problema.

Não foi totalmente vitorioso na missão porque tem muita gente perto de Ricardo sem tolerar as criticas de Manoel Jr.

Erro estratégico

Em qualquer situação, entre elas a de aumentar o grau de intolerância entre eles, cabe ao maior dos lideres – Ricardo Coutinho, ter mais habilidade e tirocínio para compreender e conviver com crises porque na essência democrática é permissível ter de vivenciar opiniões divergentes.

Ricardo, se quer ser exitoso no projeto de Governo, precisará ser mais flexível nesta questão.

Umas & Outras

…Nilo Feitosa começa a se recuperar de AVC no Incor.
…Tem diretor da Rede Record na cidade.

…Ney não sabia que estava sendo intimado a comparecer à justiça como testemunha do empresário Roberto Cavalcanti de processo na justiça federal.

…O desembargador Júlio Paulo Neto anda entusiasmado com a nova missão na justiça eleitoral.

…Mauro Nunes Pereira é o consultor de nota 10 de uma importante figura pública estadual em face dos seus altos conhecimentos de planejamento estratégico.

Última

“Toda pedra no caminho/
você pode retirar…”

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