BANANEIRAS – Mesmo com certa distância geográfica, hoje já é possível acompanhar os fatos do mundo, através de um pequeno equipamento (computador). Não tenho dúvidas de que mais resultado para a economia paraibana teremos ao tratar da inauguração do Condomínio Águas da Serra, nesta cidade, mudando o rumo de Bananeiras, mas não dá para ignorar que a guerra na Mídia, ainda sobre o caso TSE, insiste em se manter na prioridade de pauta.
Como assim? É muito simples de entender. Ás vésperas da retomada do julgamento do processo de cassação do governador Cássio Cunha Lima é visível a intensa busca de parte da Imprensa paraibana, especificamente o Sistema Correio, de expor informações depreciativas à parte do chefe do executivo fruto de uma crise que já dura 6 anos enquanto, por outro lado, Cássio resolveu desfazer a imagem da votação partindo para levar sua mensagem positiva a partir da Grande Imprensa.
A causa do posicionamento do Sistema deriva do fato do empresário Roberto Cavalcanti ser suplente de senador de Jose Maranhão levando-o a buscar de todas as formas o afastamento do governador para assumir o Senado Federal daí a campanha sistemática de seus veículos de comunicação.
Entendamos mais: enquanto o Sistema Correio foca a cobertura numa campanha sistemática contra o governador, este tem conquistado importantes espaços nos grandes veículos de comunicação do Centro-Sul do País (vide Folha de São Paulo, Estadão, Istoé, Veja, O Globo, etc) expondo sua versão sobre o caso alinhando como argumento o fato de que foi cassado por erro não cometido.
Na parte regional/local, a intenção visível do Sistema, numa posição diferente dos demais veículos de comunicação, é de não só confundir a opinião pública como criar notas que possam servir de dossiê de ultima hora para tentar influir os ministros do Tribunal Superior Eleitoral.
Em síntese, este é o clima de véspera da retomada do processo com a parte do governador buscando reverter a decisão mesmo estando o processo em fase de discussão de Agravo de Instrumento com ele mostrando-se confiante na reversão, enquanto a parte do senador Maranhão aposta as ultimas fichas na manutenção da cassação.
Nota-se sem dificuldades que desta feita Cássio conquistou mais espaços favoráveis na Grande Mídia sobre o assunto, condição essa que certamente tende a repercutir mais do que a campanha do Sistema regional.
A questão de Fundo
Independentemente de torcidas, o fato mais importante é saber como o TSE sairá da sinuca de bico que criou , depois de votar pela cassação de forma unânime e, posteriormente, já na fase de Agravo, sinalizar mudança claramente a partir do presidente da Corte que, pontos básicos da cassação foram passados pelo relator Eros Graus com um convencimento Xis na primeira votação, condição essa negada no ultimo dia 29 de novembro quando o ministro Arnaldo Versani pediu vistas.
Em síntese, os ministros vão decidir diante do relator Eros Grau sobre as seguintes questões:
– O programa (Ciranda de Serviços) em que o governador é acusado de estar entregando cheques, aconteceu em que mês? Setembro (período probitivo) ou em abril (fora do período eleitoral)?
– O governador de fato entregou pessoalmente algum cheque? Tem provas no processo?
– O programa tinha ou não amparo legal e dotação orçamentária?
São as respostas dessas indagações que vão construir o futuro do processo, portanto, do governador.
Maranhão: nova tática
Neste sábado, por telefone, o senador José Maranhão não quis repetir à reportagem do WSCOM Online como fez das outras vezes apontando data de sua posse.
Desta feita, ele tem se negado a fazer projeções preferindo trabalhar nos bastidores.
A tática eufórica dos maranhistas
Nos bastidores, entretanto, as principais figuras de articulação próxima do senador, trabalham com a hipótese do processo entrar em pauta na próxima quarta-feira com o ministro Arnaldo Versiani apresentando seu voto, depois de pedir vistas, com todos apostando na manutenção da cassação.
Em tempo: esta é a conversa dos maranhistas sem evidentemente garantias de procedência, mas já contam com o voto do relator.
Eles trabalham para um quarto voto, o que seria fatal para o governador Cássio.
A postura de Cássio
Por sua vez o governador se mantém centrado no processo fugindo de avaliações sobre a conduta de cada um dos ministros.
Por onde anda apenas reproduz o que sempre disse: foi cassado por um crime não cometido.
Também por isso anda confiante.
Ricardo em pré-campanha
Depois de estar em Campina Grande, o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, foi visto em Alagoa Grande com desenvoltura popular de sempre.
Está desinibido.
A bancada da Paraíba no Senado e Câmara
São duas situações diferentes. No Senado, José Sarney terá os votos de Efraim Morais e Maranhão, enquanto Tião Viana receberá o apoio e voto de Cícero Lucena.
Na Câmara Federal, o deputado federal Wilson Santiago projeta a vitoria tranqüila de Michel Temmer, enquanto outros deputados apostam no segundo turno.
Tem ainda os casos de Rômulo Gouveia, candidato a primeiro secretario merecendo o apoio da maioria dos deputados paraibanos, o mesmo de Manoel Junior suplente na chapa de Aldo Rebelo.
Na Paraíba, se vingar as conversas de bastidores, Temmer perde.
Última
Tenho um coração/ sempre escravo da ternura…
