Comércio pessoense: a crise de doer nos olhos

Fazia tempo não percorria a pé ruas tradicionais e importantes do Centro da cidade de João Pessoa. Nesta quarta-feira resolvi rever o cenário de grande força na minha infância e juventude, a partir do Ponto de Cem Réis – também Praça Vidal de Negreiros e/ou Viaduto Damásio Franca – e adjacências.

Confesso que deixei as diversas ruas paralelas ou próximas em estado de choque porque o comércio pujante da Duque de Caxias, Padre Meira, Visconde de Pelotas, etc simplesmente desmoronou-se gerando, com raras exceções das grandes Marcas – Casa Pio, etc – um sufocamento nas lojas tradicionais de cortar coração.

Muitos podem até achar saudosismo – e não é – na Duque de Caxias, por exemplo, sempre pontificou a loja “Palácio das Jóias”, defronte onde hoje é o Bradesco, por trás do HSBC – antigo Cine Rex. Seguramente, era uma das mais pujantes empresas de venda de relógios e jóias da sociedade pessoense.

Pois bem, era. Em torno dela, sem o grande movimento de antes, multiplicam-se lojas de revenda de produtos piratas com visível queda no padrão de consumo e dos valores de um comércio que já foi pujante.

Neste caso particular, a queda do negócio começou com o fechamento da Duque de Caxias com a chegada do Viaduto e a proliferação do mercado ambulante (sem pagar impostos) mas atrapalhando a vida de comerciantes antigos, hoje à beira da ruína.

O quadro é grave – muito grave – e está a exigir urgentemente uma série de debates civilizados entre as entidades de classe do setor – Fecomercio, CDL, Associação Comercial, Sindicato dos Comerciários, etc – com a Prefeitura de João Pessoa reunindo até mesmo instâncias de fomento como o SEBRAE, SENAC, etc, antes que acabe de vez o combalido comércio do Centro da cidade.

Também não entendi, como a maioria dos comerciantes do local, porque o Secretário de Planejamento, Luciano Agra, resolveu estreitar a descida do viaduto para a Lagoa na Padre Meira tirando o raquítico estacionamento anteriormente existente culminando com a máxima dos americanos, que diz:
“No parking, no business”, isto é, “Sem estacionamento não há negócios” – e é exatamente isto o que atestei na tarde desta quarta-feira encontrando pequeno comerciantes prestes do colapso financeiro e pessoal.

Ele (Luciano) pode não dimensionar, mas o mercado por perto delfinhou.

Aliás, o prefeito Ricardo Coutinho precisa colocar nas suas urgências formas de tratar e cuidar deste sério problema porque está significando o fim do comércio legal “matando” os honrados comerciantes, agora sufocados pelos ambulantes e negocios piratas.

Com a palavra Sua Excelência, as entidades de classe e os organismo de fomento à economia.

Ou será que vão deixar tudo se acabar sem fazer nada!

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