O silêncio renovado

Embora a fase política e institucional paraibana seja de alta expectativa para entender o desfecho em torno do mandato do governador Cássio Cunha Lima, impressiona a performance dos atores co – adjuvantes da primeira linha paraibana sempre insistindo no silêncio sepulcral do momento.

Vamos nominar quem de direito: na atual conjuntura, mesmo com a disputa atual expondo o confronto de Cássio e o senador José Maranhão, ninguém consegue arrancar um depoimento forte de lideres de gente como Ricardo Coutinho, Efraim Morais e Cícero Lucena ou vice-versa, como queiram.

Nem Efraim, muito menos Cícero e ainda mais Ricardo – nenhum deles se arrisca a falar sobre os desdobramentos do processo de cassação na direção do futuro porque a fase posterior política deles passa por esse desfecho, ainda inconcluso..

De alguma forma isso significa esperteza relativa de todos os atores porque, como parecem exprimir, ninguém quer se precipitar como se faria em outros momentos passados porque, como é fácil de comprovar, eles jogam o futuro com mais razão do que emoção.

A impressão é que eles jogam o jogo da paciência esperando ver a corda esticada ir até o fim para, somente depois disso, entender a conjuntura e partir para encarar a futura composição política do estado onde todos, sem mesmo dizer, apostam que jamais será a mesma na direção de 2010, ou seja, deve haver mudanças expressivas em termos de aliança.

Efraim, Ricardo e Cícero são personagens de formação e visões extremamente distintas, mas em termos de prudência todos fazem o mesmo jogo, isto é, nada de se expor ao fogo, e sim de esperar a hora de deflagrar cada um dos seus projetos, mas só depois da atual crise for consolidada com desfecho gerando, por fim, a nova realidade política da Paraíba.

A repercussão de Lewandewski

O ministro do STF, Ricardo Lewandewski, jogou uma ducha fria na torcida do PSDB de ter a possibilidade de novas eleições na Paraíba com a conclusão do processo de cassação do mandato de Cássio.

Ao recusar o Recurso Extraordinário, de forma monocratica nesta quinta-feira, o ministro fechou outra porta dos advogados para reverter a cassação.

Silêncio do governador

Os últimos dias têm sido ocupados por Cássio com agendamento em Brasília cercado de assessores, advogados e muito silêncio.

O governador constrói sua reação sem satisfação a dar no sentido de expor seus passos na imprensa.

Imprensa frágil

Quando não se faz o be-a-a-ba correto na apuração dos fatos, geralmente quem age assim termina desmoralizado pelas grosserias e erros comuns aos apressados no jornalismo.

Foi o que aconteceu ontem com o Blog do Clilson Junior ao querer fazer graça em torno de um conto seu sobre o casamento da filha do senador Maranhão acabou agredindo pessoas.

Clilson é uma pessoa desejosa da fama, em nome do trabalho continuado que se presta, mas não consegue conter sua ansiedade capaz de levá-lo ao ridículo quando ele procura apenas reconhecimento.

Agrediu a mim e a Carla, minha companheira com informações mentirosas sobre os convidados na festa da filha do senador, mas, ao reconhecer a realidade chegou a pedir desculpas, mesmo depois do estrago feito.

Tem nada, não: cada um dá o que tem. Nós, particularmente, convivemos com o perdão que foi feito pra perdoar, como dizia o poeta, mesmo quando muitos registram o verso augusto: a mão que afaga/ é a mesma que apedreja.

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