Forjado na luta pela sobrevivência com dignidade, sempre fui de assimilar com naturalidade os conflitos sociais e políticos, ora demandados por necessidade mesmo de reivindicações justas, ora pelo viés ideológico (esquerda, direita, etc) promovido pela sociedade organizada, especialmente os partidos ao longo dos últimos anos.
Nem por isso, ou seja, mesmo achando normal o debate permanente, confesso que não nego a inquietação diante da manutenção da guerra política a se sobrepor permanentemente na cena diária da Paraíba sem direito a um único dia de trégua.
Ora, já estamos há alguns dias do encerramento do conflito político partidário mas, nem quem ganhou a disputa de Campina (Veneziano Vital) pára de atacar seus adversários, muito menos agora a Oposição vai deixa-lo em paz minimamente.
Como já disse numa Coluna anterior, ao Vencedor é oferecida a forma de saber conduzir-se diante da vitória, dos seus aliados e, sobretudo, dos vencidos. É preciso saber conviver bem com isso porque do contrário será a manutenção de um acirramento sem fim com desdobramentos nefastos, não para quem assim procede, mas para a sociedade que fica desprovida de possibilidade de grandes projetos em seu favor.
Chega-me à memória, por acaso, uma frase ouvida de um empresário famoso, anos atrás: o Líder só ganha a guerra com guerreiros destemidos, mas a execução do Governo de resultados não pode ser feita pelos guerreiros e sim por quem esteja distante do clima de guerra.
O conceito da fala do empresário faz sentido, mas infelizmente a Paraíba insiste em não conter a guerra sem fim, cujo cenário é contraproducente para nosso futuro.
Já é hora da sociedade organizada reagir!
