Perdura internamente no Partido dos Trabalhadores na Paraíba um debate interno ainda avaliando o significado do PT nas eleições municipais do Estado tomando por base o papel histórico da legenda e seu real tamanho diante dos demais partidos.
Aliás, os números e a realidade falam muito mais alto do que as versões ao sabor de cada uma das pessoas ou lideranças. Não precisa ser expert em PT para atestar a retração do partido na ocupação de espaços nas principais cidades, a partir de João Pessoa onde já esteve na disputa e, no caso campinense, até administrou a cidade.
O saldo, em que pese o respeito aos integrantes da cúpula que vêem crescimento nas recentes eleições, deveria estar preocupando o conjunto dos lideres petistas porque, de fato, faz tem a legenda perdeu espaços para outros partidos na mesa principal do Poder.
Levantamento feito por setores do próprio partido revelam que o PT está no nono lugar do ranking de espaços reais na conjuntura das Prefeituras e Câmaras condição essa que está a exigir uma reflexão e tomada de posição mais ousada do que tímida porque, diferentemente do crescimento petista noutros lugares, por aqui a retração é real mesmo quando o presidente e líder maior do País é originado na legenda.
Para se ter uma idéia: tempos atrás não havia uma disputa na capital e Campina especialmente agora no segundo turno sem que, no debate principal estivesse o PT, algo inexistente no atual processo campinense, onde o PT é co-adjuvante sem expressão de comando.
Em João Pessoa, há um esforço de inserir o partido no debate para conquistar a Mesa Diretora, através dos operantes vereadores Benilton Holanda e Luciano Cartaxo, entretanto, a realidade aponta que existem nomes mais bem aliados popularmente em outras legendas, especialmente o PSB, com maiores chances de êxito.
Embora o presidente Anselmo Castilho, de João Pessoa, defenda a ampliação de espaços do partido no novo Governo de Ricardo Coutinho, duvido muito que possa existir tamanha conquista pretendida porque falta voto e mais decisão firme no trato dos entendimentos.
Em síntese, como costumam filosofar os meninos da Torrelândia, ou o partido se cuida ou pode deixar de ter a importância de antes.
Ney e a eleição de Campina
Integrantes da cúpula da campanha do deputado federal Rômulo Gouveia em Campina Grande revelaram neste sábado, por telefone, que apesar de anunciado como integrado na disputa na cidade, o ex-senador Ney Suassuna ainda não chegou na cidade e nem tem se incorporado ao processo.
– Lamentavelmente, não temos visto nem contado neste momento com a presença e reforço do ex-senador, embora ele seja bem-vindo comentou Alta Fonte da campanha.
Foi só o Portal WSCOM Online trazer a informação para Cassiano Pereira, amigo de Ney, ligar dizendo que ele está engajado e chega na segunda-feira para a reta final de campanha.
Ney não se apercebeu que perdeu uma grande chance de se reinserir no processo político do Estado, pois, do jeito que está se posicionando, não vai obter a reciprocidade futura que imagina.