TIC na Paraiba: a hora do poder paritário

Quem acompanha o processo histórico da Paraíba sempre precisa tirar o chapéu para Campina Grande por suas inquietudes, especialmente no campo da tecnologia da informação, oriundas de articulações ousadas do maior dos mestres da área, professor Lynaldo Cavalcanti, ao lado de outros mestres e empresários empreendedores da cidade.

Parece cantiga repetida, mais me arrisco a lembrar: foi Lynaldo com um grupo de comerciantes campinenses articulados com a IBM quem trouxe ao Nordeste, no inicio dos anos 70, o primeiro (e grande) computador dando inicio à era cibernética da Paraíba, através de Campina.

De lá em diante, o que se viu foram investimentos em conhecimento tendo Lynaldo na condição de Reitor da UFPB levado para o então campus II todo o apoio possível, inclusive atraindo professores alemães e indianos formatando o que consolidou com a fama de Campina ser um grande centro de tecnologia da informação do Brasil. Fez o mesmo com o Campus I (JPA).

Tudo isso é verdade, mas como o tempo passa, aos poucos outras referências se consolidaram. A que me atrai neste momento é o da UFPB (antes Campus I) sempre a formular no meu quengo a estratégia da Pata (no bom sentido), pois produz ações de primeiro mundo nesse universo da construção tecnológica mas, como não cacareja a exemplo de Campina, resultado ninguém sabe, ninguém viu.

O fato é que a UFPB conquistou patamares de excelência em algumas áreas de TI, tanto que, só para se ter uma idéia, recentemente 36 alunos de uma fornada de jovens concluintes do curso foram contratados pelo CESAR – Centro de Excelência na área instalado no Porto Digital, de Recife – aliás sempre a atrair os formandos da área.

Trocando em miúdos , João Pessoa enquanto universo de fomento e de conquista de novos espaços no mundo de TI já exige melhor tratamento e atenção de quem quer que seja quando o assunto é vanguarda tecnológica.

Trato dessas questões diante de um encontro muito importante acontecido ontem numa das salas do Sebrae/JP, cuja discussão puxada pelo Farol Digital provou estar o universo de TIC (mais Comunicação) a exigir uma série de ajustes para que possamos dar novos saltos qualitativos, tanto em termos de vanguarda cientifica como de natureza mercadológica porque sem abrigo dos novos atores forjados nas Universidades e no mercado pouca conquista se terá enquanto partilha de bens intelectual e de sobrevivência.

Por isso, com a consciência de que o processo exige determinação e tolerância entre todos os atores, chegou a hora do processo gerar um tratamento paritário entre João Pessoa e Campina em todos os níveis, inclusive de representação porque do contrário não se estará fazendo justiça à realidade contemporânea.

Um detalhe: na atualidade, João Pessoa dispõe de um numero de empresas efetivas no mercado bem maior do que Campina – o que não a detrata, mas constata como as coisas estão mudando.

Se é assim, todos estão chamados a contribuir com a partilha democrática e com novo momento na busca do crescimento coletivo.

Quem poderá dizer não?

Por último: Mais na frente vamos mostrar a importância dos Governos acordarem – não para Jesus – mas para o Incentivo com I maiúsculo, pois isso acontecendo vamos repetir o Boom de outras cidades.

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