Ainda hoje repercutem os números das despesas de campanha apresentados pelos candidatos a prefeito de João Pessoa não só como projeção mas, sobretudo, quanto às doações feitas no atual processo.
Abstraindo o discurso político de quem está envolvido até o gogó com a própria campanha, no caso dos candidatos e aliados, chama a atenção o que está registrado no TSE porque há algo de esquisito, em tese, nas projeções.
Pelo que está no Tribunal, Ricardo Coutinho registra o recebimento de R$ 305 mil em doações para fazer a campanha, enquanto João Gonçalves recebeu apenas R$ 17 mil. Francisco Barreto sequer registro de doações teve.
Os números mostram dados estranhos porque ninguém consegue fazer campanha com R$ 17 mil ou sem nenhum recurso financeiro, a não ser que os partidos envolvidos com os candidatos oposicionistas tenham dinheiro de sobra porque, na prática, o custo operacional de quem está na disputa sempre foi muitas vezes maior do que o apresentado agora.
Em tese, para quem não acompanha de perto as campanhas, o valor de R$ 305 mil pode parecer alto e o é se comparado aos dados dos outros candidatos mas, na prática, é preciso ir mais a fundo porque há alguma estranha, senão esquisita demais.
Ricardo, a rigor, é quem trata de forma mais objetiva e realista os números da campanha porque o valor apresentado está de acordo com as projeções reais de uma campanha para prefeito e o olhe que é relativamente modesta, se comparado que a campanha de um vereador chega a esse patamar.