RIO DE JANEIRO – A apreensão por fiscais da Justiça Eleitoral de João Pessoa de fita constando imagens de doação de aparelhos de TVs, geladeiras, etc em festa do Sindicato dos Motoristas é o fato novo, de domingo para cá, a gerar muita preocupação no seio da campanha do prefeito Ricardo Coutinho.
A festa em si, isolada, não tem qualquer problema, mas por registrar a presença de RC e do vereador Tavinho Santos já produziu inúmeros desdobramentos a partir da própria Corte e, principalmente, dos adversários do prefeito.
Pelo que levantou o portal WSCOM Online, o vídeo contendo imagens da festa, que foi usado para a formulação da denúncia, está sendo analisado pela promotora da 76ª Zona Eleitoral de João Pessoa, Maria das Graças de Azevedo França, devendo apresentar o pedido de abertura de inquérito ao juiz da propaganda eleitoral de rua, José Herbert Luna Lisboa.
Em isso acontecendo, ou seja, a abertura de inquérito certamente que a Justiça deverá ouvir os candidatos sobre o episódio para eis a questão mais forte podendo ou não pedir até a impugnação da candidatura de Ricardo e Tavinho.
Nesta segunda-feira, o presidente do Sindicato, Antonio de Pádua, deu sua versão sobre o assunto: realizamos esta festa há 16 anos e nunca, em momento algum, os brindes foram ofertados por políticos. Sempre que dá algum brinde são as entidades de transportes, a exemplo da Associação das Empresas de Transporte Coletivo de João Pessoa (AETC-JP), Empresas de ônibus, sindicato patronal e da categoria, argumentou.
Trocando em miúdos, mesmo com o coordenador de comunicação da campanha de RC, Nonato Bandeira, repetindo que não há nenhum problema, o cenário merece atenção dobrada, sim, porque se as imagens apresentarem vínculos certamente que a abertura de inquérito deva gerar muita dor-de-cabeça para a campanha tranqüila do prefeito, que deixou de sê-la com este fato.
Detalhe do azar: o cinegrafista que fez as imagens é profissional contratado pela equipe do candidato João Gonçalves e, vejam só o pior, foi filmar uma outra festa e chegou na do Sindicato dos Motoristas. Logo, na sequência, chegou a Justiça Eleitoral.
Ney, candidato ao Governo?
Pode parecer tema distante e ainda fora de tom, mas uma Alta Fonte carioca revelou, depois de participar de reuniões especiais envolvendo entre outros nomes o do publicitário Duda Mendonça que, em 2010, o nome do ex-senador Ney Suassuna deve figurar no processo de governo na Paraíba.
De início, tomando por base a distância assumida pelo ex-senador ao longo dos últimos meses no trato com a política, é mais pertinente admitir que ele não age com a intenção de mirar a disputa no Governo mas, também por precaução, não é de todo improvável descartar por inteiro essa possibilidade diante do imponderável que circunda o juízo do ex-senador quando se trata de política na Paraíba.
Se dependesse do humor circunstancial, até poderíamos inserir no jogo a sua irritação depois da derrota partindo para dizer até que estava fora da política, só que nos últimos dias ele começou a entrar já parada novamente.
A retomada, na verdade, está ainda em banho maria – lenta, portanto, mas a decisão de apoiar a candidatura de Rômulo Gouveia em Campina Grande contra seu ex-aliado Veneziano é, de fato, um atestado de que ele decidiu reinserir-se no contexto político.
Segundo a Alta Fonte, a projeção de candidatura de Ney para o Governo se deu em meio a conjecturas envolvendo até mesmo candidatos atuais na disputa no Rio, a exemplo do senador Marcelo Crivela, pessoa de relacionamento muito fácil com o ex-senador.
Em sintese, como dizem os meninos da Torre, a retomada do envolvimento de Ney em princípio tem a opinião contra de pessoas da sua intimidade familiar e, no máximo, abriga a possibilidade diante de uma nova disputa para o Senado, entretanto, como o ex-senador também é de lua, isto é, cria situações inusitadas quando menos de espera, a forma com que o assunto foi tratado na esfera de Crivela é indicio que não se pode descartar a hipótese, sobretudo, diante da nova conjuntura familiar do importante empreendedor nascido em Campina Grande.

