Está lançada a partir deste domingo a sorte e o futuro político da Paraíba devendo desaguar, em 2010, com a renovação conseqüente das lideranças políticas com a perda de força de antigas raposas, a exemplo de Ronaldo Cunha Lima, Wilson Braga, Enivaldo Ribeiro, etc, abrindo espaços para novos lideres em ascensão, a exemplo de Ricardo Coutinho, Veneziano Vital, Efraim Morais e Rômulo Gouveia, este se vencer a disputa em Campina.
Há um parêntese nesse cenário para que abriguemos o senador José Maranhão, da geração de Ronaldo e Wilson Braga, cujo tamanho e longevidade está na dependência de assumir o Governo, caso o TSE ratifique a cassação do governador Cássio Cunha Lima, porque se isso não acontecer entrará em rota de dificuldades para se manter na liderança. Maranhão vive muito na atualidade da expectativa de poder, portanto, sem ela existir, tende a perder a força, além do mais nos seus 72 anos  a idade se faz sentir.
Dentro desse contexto, não há como ignorar as lideranças de Cássio disparadamente e Cícero Lucena  este último dependendo dos rumos da Operação Confraria pois, de acordo com o desfecho desse caso, saberemos seu tamanho e valor futuro. Não é a toa que já há pesquisas em João Pessoa dando-lhe 45% de rejeição, percentual muito elevado.
Pelo desenho que se forma, a partir das convenções deste domingo e segunda-feira, já é possível admitir que, dependendo do resultado de outubro a Paraíba precisará conviver com as possibilidades de candidaturas ao Governo, através dos nomes de Ricardo, Efraim e Veneziano. Cícero até admite disputar mas, como já observei, tudo vai depender do processo a que responde.
Perceba-se que, nessa ambiência futurista, não há a participação do PT  partido do presidente Lula, na disputa da cabeça-de-chapa do Governo porque, quando no máximo, se contenta com a candidatura de Luiz Couto para o Senado. É que a legenda parece perdida no processo de poder e já não dispõe de variedade de nomes capaz de levar o PT ao Palácio da Redenção, pelo menos a curto e médio prazos.
Mesmo distante, arrisco apontar como mais provável as candidaturas e confronto entre Ricardo, de origem à esquerda e ungido a partir do grande centro, Efraim Morais com espectro de centro-direita com força a partir do Interior e uma terceira  a de Veneziano, que dependerá do resultado de Campina sabendo-se já que sua situação é de eleição muito apertada podendo conviver com a vitória do adversário.
Os números que ajudam a decidir
Há, em João Pessoa, uma conversa disseminada em diversos setores da sociedade apontando como favas contadas  algo muito perigoso  a eleição seqüente em 2010 de Ricardo Coutinho para o Governo.
No exame e projeção dessa futura cena se faz indispensável encarar sem emoções o tabuleiro dos números a serem ungidos das urnas nos 223 municípios. Na última eleição, por exemplo, foram os pequenos municípios (algo em torno de 1/3 dos votos) quem deu musculatura e possibilidade de vitória ao governador Cássio contra Maranhão somados com os votos de Campina, algumas médias cidades além da diminuição da diferença em João Pessoa.
Lembro já de agora esses aspectos porque, por exemplo, o PSB de Ricardo só deve fazer 19 prefeituras  claro que João Pessoa sendo case à parte-, além do mais é preciso conhecer quantas outras prefeituras vão fazer o PMDB, o PSDB e, prestem a atenção  o DEM, do senador Efraim, que precisa ser melhor encarado nas projeções.
Tem ainda o PTB, PT, etc.
Nesse aspecto, quantitativo, já prevejo que Ricardo nem de longe fará a maioria dos municípios. Logo a alquimia para chegar ao Governo precisará enfrentar essa adversidade numérica e importante.
João Pessoa: Luciano, jogo de cena e amuos
A consolidação do nome do arquiteto Luciano Agra acabou sendo absorvida pelos lideres do PMDB e PT dentro do possível. O senador Maranhão chegou a dizer em Campina que não foi o melhor para seu partido, mas é realidade que absorverá daqui em diante.
Na verdade, o PMDB até encenou candidatura própria no final do processo e procurou Francisco Barreto para ser seu candidato, só que não logrou êxito, portanto, sem nome para a disputa resolveu engolir a decisão de Ricardo por Luciano.
No final da tarde, deste domingo, o deputado federal Wilson Braga chutou a barraca em entrevista ao Clickpb informando que o PMDB saiu desmoralizado e ele não fará campanha de RC.
A posição de Braga é a que outros pemedebistas queriam adotar, mas não podem porque não têm coragem para tal.
 
			        