Embora pareça assunto recorrente, antigo, mesmo assim esta é a cartada pela qual o senador José Maranhão, advogados e aliados depositam todas as fichas, inclusive formulando novo prazo projetando para agosto o tempo do Tribunal Superior Eleitoral se manifestar sobre a cassação do governador Cássio Cunha Lima.
É esta expectativa que mantém a chama acesa dos aliados, inclusive para a atual disputa municipal gerando um cenário de dupla projeção, isto é, a manutenção do ´status quo´ atual deixará o senador frágil politicamente, diferente do que se o TSE se manifestar seguindo a linha de decisão da corte em nível eleitoral.
Trocando em miúdos, como filosofam os meninos do bairro da Torre, o jogo jogado por Maranhão se fundamenta em decisão em nível estadual, entretanto, o fator prazo presumido publicamente termina por causar perigo e frustração seqüenciada como já se deu algumas vezes.
O senador já disse que assumiria em setembro, outubro; chegou a anunciar que pagaria o 13º salário dos servidores, projetou a posse para fevereiro, abril, maio e até agora nada. Essa frustração é muito perigosa porque sua manutenção no decorrer do atual processo pode, como já disse anteriormente, gerar fragilidade eleitoral porque em diversos casos sem o poder a debandada é caminho inevitável.
Mas, independentemente de conjecturas, o fato é que a expectativa de ascender ao poder é que nutre no senador um vigor e às vezes até um nariz arrebitado, do tipo senhor da razão, quando trata de alguns procedimentos na relação atual com aliados, a exemplo de Ricardo Coutinho, pois, sem essa mesma expectativa certamente que a postura seria diferente.
Pelo sim, pelo não, o tempo passa transformando o cotidiano numa imaginável guilhotina na direção do governador, ou não como diz o poeta baiano, na proporção diferente de projeção do maranhismo sabendo que, se o Poder não chegar, a barra ficará preta como a noite do calabouço.
Esta é a essência atual do senador José Targino Maranhão, cujo futuro depende das canetas dos ministros federais.