O exercício da política constrói nas pessoas várias formas de preservação, ou seja, para se manter num determinado processo, a maioria é capaz de tudo, inclusive de não falar a verdade que gostaria de expressar se todos fossem (e não são) transparentes inteiramente.
É o que se pode aplicar neste momento nas eleições municipais a partir de João Pessoa onde a verdade (verdadeira) é pouco aplicada no interesse sincero que a maioria dos lideres no processo professa na atualidade.
Sejamos objetivos: nenhum dos lideres políticos está jogando o jogo limpo, sincero, da forma que pensam no individual, quando estão sozinhos e/ou com os mais chegados.
Sabem por que?: porque falta assumir a verdade que, na política, não é coisa para se praticar inteiramente.
Por isso todos se toleram dentro do possível. Por exemplo, o candidato a vice de Ricardo não é ninguém ligado pessoalmente ao senador José Maranhão. RC e aliados mais próximos sabem que em 2010, Maranhão pode ter outra alternativa (ele próprio ou Veneziano), portanto, Ricardo é a última alternativa de um processo onde o atual prefeito está decidido a ser o candidato ao Governo.
Em sendo assim, eles não se confiam mutuamente. Dentro desse contexto, tudo o que vier a acontecer é sob condições e sem confiança plena, como é aplicado hoje por Ricardo e aliados à opção de Manoel Júnior, antes vice de fato na campanha passada, mas hoje como nome avalizado pelo senador do PMDB deixou de sê-lo (confiável plenamente, como já não era).
É dentro deste cenário que Ricardo vai construir a opção e escolha do futuro vice.
Guardadas as proporções, a falta de sinceridade pura, total, também se aplica ao grupo da Oposição na Capital na relação de Cícero com a sucessão e até mesmo Cássio porque falta a ele coragem para assumir o que quer intimamente, mas não assume de fato, que é peitar Ricardo como candidato e não monitorador condição essa que faz na relação com João Gonçalves.
Na verdade, Cícero líder popular inconteste em João Pessoa teme o passado de acusações pesadas sendo renovadas, através da Operação Confraria, onde foi denunciado por desvios de recursos públicos.
Esta é a verdade não assumida publicamente, mas que o faz estar na linha de frente jogando João Gonçalves como nome de sua preferência, quando era ele quem queria e não tem coragem, repito, de enfrentar o Mago.
Aliás, é uma tática frágil porque as denuncias ele as enfrentou já na disputa para o Senado, em sendo assim tudo o que venha a ser exposto é mais um retrato 3 X 4 sem novidades já do todos conhecem. Melhor ainda, dizem alguns: enfrentando agora e não aparecendo nada mais de novo, ele já estaria exorcizado para a disputa de 2010 a partir deste momento.
Se tudo isso fosse pouco, os quereres de Cícero e Cássio parecem (pelo menos aparentemente) não ser os mesmos porque a radicalidade do ex-prefeito contra Ricardo está muito longe do que faz Cássio em relação ao alcaide pessoense atual.
Trocando em miúdos, quando alguém ou todos falarem a verdade, o jogo estará posto na mesa sem mentiras tantas quanto as de agora gerando uma nova composição na direção de 2010.
Quem viver, verá.