A trajetória do prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital, já não é mais a mesma enquanto terreno limpo no campo da honorabilidade absoluta ( como anteriormente ), agora manchada por uma denúncia chancelada pela Procuradora Geral de Justiça, Janete Ismael, de que seu Governo utilizou-se de notas frias para pagamentos ilícitos.
De longe, sem conhecer a fundo as miudezas do jovem prefeito, até me arriscaria antes a colocar a mão no fogo sob o juízo de que ele seria incapaz de produzir uma atitude como esta.
Tudo bem que precisamos abrigar o contraditório e até mesmo admitir em algum momento que o prefeito fala a verdade quando se diz inocente, mas tudo fica mais nebuloso quando, no contra-ponto, é a fiscal da Lei a representante máxima do Ministério Público quem afirma com todos as letras: há ilicitudes com provas irrefutáveis.
Particularmente ainda não vejo a cena como juízo final para a fase de denuncias contra o prefeito, entretanto, fatos como este permitem até a admissibilidade de que possam existir outras ações e/ou atitudes a manchar a outrora caminhada irretocável de Veneziano, como dizem seus Opositores e poucos acreditavam.
Nem levo em conta a fama desenfreada de que ele ainda é um mau pagador dos serviços que a prefeitura contrata, mas ele não honra, mesmo prometendo de joelhos.
O fato é que, pela primeira vez, Veneziano deixou o andor intocado do homem público sem manchas e passa a conviver com a pecha em contrário do que tanto andava por aí reproduzindo como paladino da justiça.
Ainda há etapas no rito processual a ser seguido, a partir da denuncia formulada no Tribunal de Justiça, razão pela qual perdura alguma luz no túnel do prefeito campinense para que ele prove de fato ser inocente porque, de hoje em diante, se ele não conseguir mostrar documentos comprobatórios e não só fala bela de orador de grêmio literário certamente que ruirá uma jovem esperança criada no alto e sob o vento da Serra da Borborema.
É como se fosse hoje um pássaro de andar manco.
