Transposição: enfim, a mobilização

A semana começa com um evento público de alta significação em termos de articulação em favor da Transposição do Rio São Francisco. Monteiro é a cidade sede da mobilização, que atrairá a participação na quinta-feira do Ministro da Integração, Geddel Vieira, o presidente do Senado, Garibaldi Alves, além dos governadores dos estados envolvidos (Paraíba, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte), além de senadores, deputados federais, estaduais e muitos prefeitos.

É a primeira vez de forma concreta que a Transposição sai da sala fechada e toma vulto de interesse regional. Claro que atos, como recentemente realizado em Cajazeiras, e tantos outros, foram e significaram referência importante, mas cá pra nós, nenhum deles tomou a dimensão do que está programado para Monteiro.

Isso tem referência emblemática porque até agora somente os estados contrários ( Bahia, Sergipe e Alagoas) tinham se posicionado fortemente.

Devo como observador atento, hoje circulando por todos os estados do Nordeste, testemunhar que há muitas informações desencontradas e inverídicas exatamente para confundir e gerar conceito contra a obra.

Quem se dispuser a fazer um estudo atento logo atestará com documentos fáceis de se acessar que, na atualidade, os três estados contrários dispõem de projetos de irrigação para interesses particulares com vazão vinte vezes mais do que o que se pretende que é o aproveitamento de 23 metros cúbicos por segundo.

Projetos da Bahia, Sergipe e Alagoas hoje, somados, passam de uso freqüente de mais de 300 metros cúbicos por segundo.

Por essas e outras, o ato público de quinta-feira chega como um reforço importante ao movimento produzido pela Igreja Católica dos estados receptores, governos, prefeituras e entidades não – organizadas.

Um líder a ser reconhecido

São muitas as figuras envolvidas com o movimento em favor da Transposição, mesmo assim é justo admitir e reconhecer que o arcebispo da Paraíba, Aldo Pagotto, é a principal figura na vanguarda desse processo mobilizador.

A Ponte do Desenvolvimento

Felizmente, como fiquei sabendo neste fim-de-semana, o projeto arquitetônico, orçamentário e de impacto ambiental da Ponte ligando Cabedelo a Costinha se mantém em estágio avançado para ser apresentado nos próximos dias.

Quem vai à cidade de Natal e se depara com a ponte ligando a capital norte – riograndense ao litoral norte do estado entende a importância de uma obra dessa magnitude precisa existir na Paraíba para desenvolvimento de nossa geografia na direção norte.

É o mesmo que aconteceu em Aracaju com a ponte ligando à ilha onde o turismo atrai muitos negócios.

Dados como estes, comuns a cidades de porte parecido com Joao Pessoa, indicam sem grande esforço o impulso ao desenvolvimento do turismo em ambientes geográficos que, sem esses investimentos, certamente que o resultado seria como no nosso atual caso, de pouca atratividade de desenvolvimento e de negócios.

Voltaremos ao assunto.

Última

“Traga – me um copo d água/
Tenho sede/ e esta sede pode me matar…”

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