Recife – A sexta-feira chegou como tempo de reflexão para quem vive acompanhando as cenas políticas da Paraíba diante do parecer oferecido pelo Ministério Público Eleitoral no TSE ratificando o pedido da mesma instância em nível estadual pedindo a cassação do governador Cássio Cunha Lima no caso da FAC (entrega de cheques) no ano de 2006.
Como poderia ser passível se prever, as reações foram diferentes com aliados do senador José Maranhão, principal interessado no processo, comemorando a nova peça apresentada pelo MP, da mesma forma que advogados e defensores da causa do governador apresentaram inconformação, sobretudo pela rapidez com o que o parecer foi apresentado.
O fato é que, independentemente de interpretações, o parecer do procurador eleitoral Francisco Xavier gera maior preocupação para a causa do governador porque nesta fase do processo tal documento interpreta um sinal dentro da Corte que, houvesse entendimento contrário já agora certamente chegaria com tom amenizador no rito processual.
Outro aspecto, também considerado relevante, é a velocidade em que o rito processual vem merecendo no TSE até porque existem outros processos de mesma envergadura, ou seja, tratam-se de outros pedidos de cassação de mandato de outros governadores, entretanto não têm tido o mesmo ritmo para julgamento.
Cada caso é um caso, como diz a filosofia popular, portanto, a partir de agora a defesa do governador passa a ter mais trabalho dobrado, visando reverter essa tendência manifestada pelo Ministério Público no contato com cada um dos sete ministros, até porque não se sabe previamente o que cada douto juiz proferirá como voto.
