Tempo de fortes articulações

São Paulo – Ninguém se iluda: todas as partes do tabuleiro político da Paraíba, inserindo nesse contexto a sucessão municipal e os processos de cassação do governador Cássio Cunha Lima no TSE com tamanha dedicação, que é visível ouvir-se sempre opiniões positivas do interlocutor de plantão.

Vamos por parte: no caso do TSE, que é mais forte e definidor do rumo de muita coisa na Paraíba, o fato é que nos bastidores tem se uma luta campal das mais fortes dos últimos tempos com advogados e partes buscando fazer valer seus argumentos junto a ministros, assessores e Ministério Público, evidentemente.

Neste particular, é freqüente em Brasília estar – se diante de advogados nos gabinetes de ministros, quando não as próprias partes diretas envolvidas, a exemplo do que se deu semanas atrás quando o senador José Maranhão foi com os presidentes do PMDB, Michel Temmer, e do PT, Ricardo Berzoini, ao gabinete do Ministro Ayres Brito, relator do processo no TSE, para solicitar celeridade no rito defendendo obviamente o ‘status quo’ gerado pelo Tribunal Regional Eleitoral.

Só que, da parte do governador Cássio, há também fortes movimentos na contra-argumentação de que fora preterido na apresentação de provas que atestam sua inocência nos dois casos de cassação pedidos pelo TRE.

Seus advogados têm exposto, inclusive no primeiro processo, decisão do relator, juiz Carlos Sarmento, reconhecendo que o programa social gerador do pedido de cassação em face dos cheques da FAC teriam acontecido em abril, e não no mês de setembro, data proibitiva. Há outros documentos, a exemplo da decisão do Tribunal de Contas considerando ter existido dotação orçamentária e amparo legal para o programa, desaprovando o relatório da auditora do TCE, que gerou todo processo.
O fato é que, na Capital Federal, a grande batalha é travada exatamente nos bastidores com cada parte anunciando prévia vitória diante da futura votação no TSE.

A questão da disputa municipal

Depois do anúncio de novas estratégias do Grupo Cunha Lima permitindo mais tempo para o senador Cícero Lucena, em fase de licença, poder estar mais em João Pessoa, a parte mais interessada no contexto, no caso o prefeito Ricardo Coutinho, também tem entrado em cena.

Aliás, Ricardo revelou que nada vai alterar em termos de seus entendimentos com a base aliada – 15 partidos ao todo, nem qualquer movimento de Cícero lhe incomoda ou gera condição especial de luta.

Já em Campina, Veneziano apronta contra-ofensiva diante dos encaminhamentos que devem lhe apontar Rômulo Gouveia como seu adversário em outubro vindouro.

Perda irreparável

Os movimentos negro e cultural do Estado de fato estão de luto com a morte precoce do líder João Balula, figura indispensável nos últimos 15 anos em todos os debates culturais e das minorias a partir de João Pessoa.

Natural do bairro da Torre, onde também tenho orgulho ter raízes fincadas por lá, Balula se viu vitimado pela fatalidade e a Aids, que acometia há anos, segundo me contou uma amiga, mas somente agravada a partir do segundo semestre do ano passado.

Pegou ele em cheio, tanto que nos últimos dias se recusava a falar com pessoas amigas também chocado que estava com as cenas vivenciadas por ele, ao lado, em pleno hospital.

Mas nada é superior à grande contribuição política e cultural dada por Balula aos movimentos e lutas que abarcou como parte de sua vida, de seu cotidiano.

O Movimento Negro, o Carnaval Tradição através da Malandros do Morro e inúmeros processos / projetos tiveram a marca da luta e contribuição oferecida em vida por Balula.

O bairro da Torre, João Pessoa, a Paraíba e o Brasil perdem um grande cidadão.

Última

“O nome/ a obra imortaliza…”

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