Salvador – Não precisa ser expert em política para perceber que o apetite do PMDB (leia-se o senador José Maranhão) em querer indicar o vice do prefeito Ricardo Coutinho no famoso estilo de guela a baixo azedou as relações entre eles.
A rigor, não há ruptura alguma ainda, mas a forma do senador tratar a questão de forma impositiva com ameaça de lançar candidato proprio, caso não seja atendido, deixou RC e trupe, além dos demais partidos aliados, em alto grau de inconformação. Mais do que Ricardo, o Conselho político formado por 14 outros partidos também está uma arara(irritado) com a postura do senador.
Se reparar bem é legitimo o PMDB como maior partido querer ter a vice, entretanto é a forma posta que irritou os aliados, que já começam a trabalhar a hipótese de não terem o PMDB no palanque do primeiro turno.
Foi só essa crise se iniciar para outros lembrarem que, desde o começo da gestão o senador e aliados mais próximos reclamam porque não puderam ter acesso a muitas indicações de cargos e pessoas na gestão RC. É só um tempero, mas tem gente falando disso sim.
Vai ver que, nos bastidores, Maranhão anda insuflado pelos mais afoitos da adulação da seguinte forma: O sr é que é o grande líder de Joao Pessoa; Não tenho medo vá enfrente que Ricardo depende do senhor, etc ou coisa que o valha.
Prestando bem a atenção, Ricardo até precisa do PMDB para vencer bem no primeiro turno, entretanto, caso não o tenha, ele já dispõe de estofo próprio para vencer a disputar com os aliados que restar, até sem o senador Maranhao, por tudo o que ele representa na cidade, sobretudo, agora no poder.
Ora, agindo de forma impositiva o senador pisa na bola e dá panos para as mangas(argumentos) no sentido de que já age assim para em 2008 ficar com Veneziano Vital como candidato ao Governo ( se não for ele proprio) tirando Ricardo de sua prioridade.
Se for assim, que pode sê-lo, essa costura / tendência veneziana pode gerar até mesmo o impossivel, que é adversários de hoje estarem no mesmo palanque no amanhã a partir da Serra da Borborema.
Mais na frente vamos explicar a possibilidade, tintim-por-tintim.

