A morte de Gervásio Maia de tão impactante e inesperada, posto que 62 anos é idade hoje considerada aquém da longevidade nos tempos atuais, produz muitas perdas, uma dor sangrando sempre e efeitos no cenário político do Estado, particularmente na sua família indiscutivelmente tradicional nessa atividade de alguns estados.
Não será fácil estar-se sobre os ombros do deputado estadual Gervásio Filho tamanho encargo e missão histórica aos 30 anos de idade.
Na madrugada conversamos sobre essa essência árdua, agora sem o tino do pai, mas como expectativas enormes dele próprio e do significado da história que ele representa na atual conjuntura política do estado em nome dos Maia e Mariz.
Em qualquer família seria missão difícil, imaginem com a a história de uma acostumada a ter ministro, governadores, senadores, deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores.
Além do mais, abstraindo esse caráter histórico, pragmaticamente Gervásio Filho sabe como ninguém de que a morte do seu pai sepultou um desejo antigo de vê-lo compondo com Ricardo Coutinho a chapa de 2008 como candidato a vice, condição essa que serviria para preparar a campanha de RC ao Governo em 2010.
Nesse contexto, Gervásio (pai) vislumbrava ver seu filho presidente do Diretório Municipal do PMDB de João Pessoa, cujo processo seria fundamental para o acordo político gerador de sua consolidação como vice.
Agora, sem Gervásio pai, como fica essa conjuntura interna no PMDB e os desdobramentos na relação da campanha de 2008 e 2010? são indagações como esta que resultam em mais responsabilidade sobre os ombros do jovem e talentoso deputado estadual.
Resta, portanto, o saldo fundamental do que significou a educação, a convivência, o caráter e a conduta ética exemplar como esteios deixados pelo pai e herdados pelo filho.
Esta é a esperança do amanhã.
