Por que Polari se esconde na TV ?

São Paulo – A assessoria de comunicação da UFPB fez veicular no final da tarde desta sexta-feira uma Nota Oficial assinada por muitos diretores e vice de Centro – sem a totalidade, portanto – buscando com esse instrumento de posicionamento político blindar o reitor da instituição, professor Rômulo Polari, de um debate que, pela omissão e silêncio assumidos, levam mais uma vez à crença de que algo esquisito envolve o Magnífico e o Sistema Correio de Comunicação no caso da TV Universitária.

Nunca, em tempo algum, uma ação administrativa da UFPB envolvendo um assunto normal, mas de alta importância da vida universitária, como se dá no caso da TV pleiteada pelo Sistema Correio, mereceu um tratamento difuso forjado numa tática ‘aparentemente democrática’, quando na verdade a exploração do canal não diz respeito apenas ao Curso de Comunicação, mas a toda a instituição envolvendo os três níveis de comunidade, bem como a sociedade como um todo.

É oportuno admitir que o DECOM é uma parte importante do processo, porquanto lida com a natureza da comunicação, entretanto, serve muito mais como elemento consultor – e apenas só, posto que a decisão discutida já no Reitorado, mas não assumida ainda inteiramente, exclui por completo as outras instâncias de discussão, a exemplo dos demais Centros, Departamentos e as entidades representativas.

Aliás, se é verdadeira por completa a intenção da postura democrática exemplar, por que não envolver as representações dos três segmentos – ADUF, DCE e SINTESP e até mesmo a associação dos aposentados da instituição?

O fato, ao que parece, é que o Reitor anda silencioso por outros motivos – ainda inconfessos – gerando a cada dia, enquanto age omisso, a admissibilidade de Opositores seus, como o diretor do CCHLA, professor Lúcio Flávio, de que ele tem compromissos assumidos com a empresa pretendente do canal em troca de apoios de midia para sua reeleição.

Esta é a questão central de fundo, que o magnífico e digno reitor precisa responder enquanto é tempo, nesta fase onde ainda é possível ser mais claro no trato de um assunto dos mais importantes para a UFPB e a sociedade paraibana como um todo.

Por enquanto, a dúvida persiste, mesmo em meio a estratégias velhas de guerras, como a da Nota Oficial publicada.

Aliás, ao invés de destinar tanto tempo assim a um relatório do DECOM, paralelamente, o experiente gestor/reitor deveria mesmo estar mobilizando sua estrutura de apoio administrativo, pro-reitores e ate a bancada federal da Paraíba para destinar recursos adicionais ao projeto de implantação e manutenção da TV Universitária.

Se fosse pouco, ainda, ao reitor caberia estar em entendimentos há meses com a SECOM , do Governo Federal, que já anunciou altos investimentos para as TVs públicas – onde se enquadra a da UFPB, portanto, o argumento de que inexiste recursos é frágil, uma balela, como dizem os meninos letrados da Torrelância.

Trocando em miúdos, “olha, tem coelho nesse mato”.

A Nota da UFPB

NOTA DE SOLIDARIEDADE
Nós, diretores e vice-diretores de centros da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e com alusão às matérias publicadas em órgãos da imprensa paraibana acerca da proposta da Fundação Solidariedade de transferência da concessão de canal de TV aberta pleiteada pela UFPB junto ao Ministério das Comunicações, vimos externar nosso posicionamento nos seguintes termos:
1. O pleito foi formulado pelo representante da Fundação Solidariedade, Sr. Alexandre Jubert, em audiência com o Magnífico Reitor da UFPB e que contou com a presença de membros da comunidade acadêmica do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA);
2. Tão logo a solicitação foi formalizada junto ao Gabinete do Reitor, procedeu-se à abertura de processo que foi encaminhado para pronunciamento das instâncias acadêmicas da UFPB, ou seja, a direção do CCHLA, Departamento de Comunicação, além do Pólo multimídia;
3. Do ponto de vista administrativo, o procedimento adotado foi absolutamente transparente e irretocável, segundo a melhor tradição democrática de nossa instituição;
4. Causou-nos indignação as insinuações lançadas na imprensa de que tal procedimento estaria subalterno a interesses outros que não os da UFPB. Inversamente ao que foi veiculado, o que salta aos olhos é a postura democrática do Reitor ao descentralizar o debate, antes de levar a público a posição oficial da Universidade;
5. Desse modo, vimos expressar nossa irrestrita solidariedade ao Magnífico Reitor da UFPB, professor Rômulo Soares Polari, por seu espírito público e sua conduta irrepreensível neste episódio.

João Pessoa, 10 de agosto de 2007
SUBSCREVEM

Otávio Machado L. de Mendonça Diretor do CE
Marizete Fernandes de Lima Vice-diretora do CE
Antonio José Creão Diretor do CCEN
Rogéria Gaudêncio do Rego Vice-diretora do CCEN
Guilherme de A. Cavalcante Diretor do CCSA
Paulo Roberto N. Cavalcante Vice-Diretor do CCSA
Clivaldo Silva de Araújo Diretor do CT
Antonio de Mello Villar Vice-Diretor do CT
Eduardo Ramalho Rabenhorst Diretor do CCJ
Fátima Maria Lins Braga Vice-Diretora do CCJ em Exercício
Antonio Eustáquio R. Travassos Diretor do CFT
Chateubriand P. Bandeira Junior Vice-Diretor do CFT
Raimundo Barroso C. Junior Diretor do CCAE
José Ivanildo de Vasconcelos Vice-Diretor do CCAE
Sandra Regina Moura Vice-diretora do CCHLA
Rosimar de Castro Barreto Vice-diretor do CCS

SUBSCREVEM

Otávio Machado L. de Mendonça Diretor do CE
Marizete Fernandes de Lima Vice-diretora do CE
Antonio José Creão Diretor do CCEN
Rogéria Gaudêncio do Rego Vice-diretora do CCEN
Guilherme de A. Cavalcante Diretor do CCSA
Paulo Roberto N. Cavalcante Vice-Diretor do CCSA
Clivaldo Silva de Araújo Diretor do CT
Antonio de Mello Villar Vice-Diretor do CT
Eduardo Ramalho Rabenhorst Diretor do CCJ
Fátima Maria Lins Braga Vice-Diretora do CCJ em Exercício
Antonio Eustáquio R. Travassos Diretor do CFT
Chateubriand P. Bandeira Junior Vice-Diretor do CFT
Raimundo Barroso C. Junior Diretor do CCAE
José Ivanildo de Vasconcelos Vice-Diretor do CCAE
Sandra Regina Moura Vice-diretora do CCHLA
Rosimar de Castro Barreto Vice-diretor do CCS

Ministério Público se defende
Os Procurados da República na Paraíba resolveram sair em defesa nesta sexta-feira do Procurador José Guilherme Ferraz, responsável pelo relatório em nome do Ministério Público Eleitoral pedindo a cassação do governador Cássio Cunha Lima. A nota veio a propósito das ultimas informações gerados pela defesa do chefe do executivo acusando o MPE de parcialidade.

No documento, os procuradores afirmam que “os depoimentos colhidos em todo o Estado da Paraíba, reforçavam as constatações relatadas na AIJE 215, acerca da vinculação da pessoa do governante à distribuição de cheques pela FAC, além de demonstrarem outras irregularidades, que serão objeto de apuração na via própria.”

Dizem mais, ainda, que os advogados de defesa do governador perderam prazos de apresentação (juntada) de documentos em momentos diferentes do processo.

Ao final, atestam, como entendimento geral dos Procuradores:

“Diante destes esclarecimentos o Ministério Público Federal, pelos seus membros abaixo assinados sentem-se dignificados pela atuação independente, ética e criteriosa do Procurador Regional Eleitoral em todos os processos eleitorais, o que atende plenamente a expectativa dos membros do Ministério Público Federal que o indicaram para a recondução por mais um biênio na função eleitoral, fato que se deu em reconhecimento à grande contribuição por ele prestada ao fortalecimento das instituições democráticas”.

Confrontando os argumentos das Partes
Ao reafirmar que os depoimentos “reforçavam as constatações relatadas na AIJE 215, acerca da vinculação da pessoa do governante à distribuição de cheques pela FAC, além de demonstrarem outras irregularidades”, se faz importante que a Procuradoria informe com mais clareza o seguinte:

1) Concretamente, há ou não depoimentos pessoais de beneficiados atestando recebimento de cheques com fins eleitorais? Se, em caso positivo, que são e o que disseram?
2) 2) de acordo com a Nota dos Procuradores, a “vinculação da pessoa do governante à distribuição de cheques pela FAC” significa dizer que “há provas do governador ter distribuído cheques?”
3) Quando o MPE diz ter “outras irregularidades” – indaga-se, que ilegalidades são essas que não podem ser reveladas?
4) Por que o procedimento de Oitiva junto aos procuradores não foi anexado ao processo nem permitido que isso o fosse?
5) Por que não se revela seu teor – ainda há tempo?
6) Por que na Nota de Solidariedade outro ponto importante do processo, que foi (e o é) a procedência ou não de amparo legal do programa da FAC não foi mencionado?

Se é assim, vamos aguardar os desdobramentos do processo para saber se perguntas simples como as feitas agora podem ser respondidas publicamente.

Última

“Eita vida boa/ aperreada…”

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