Por quem os sinos da Paraiba dobram?

RECIFE – A impressão de quem percorre ruas e lugares da capital pernambucana sempre transmite sensação de megalópole, de crescimento continuo na proporção da mesma expansão da exclusão social, portanto, da violência. Nada, contudo, reflete no sentimento crescente de ‘pernambucaneidade’ com convicção de que, apesar dos pesares, Recife e/ou Pernambuco vive a expansão permanente.

Nesta terça-feira de encontros e reuniões fantásticas, não parei de pensar na Paraíba, querida de guerra, grande e pequena ao mesmo tempo se tomando por base a relação mesquinha de nossas lideranças.

Antes de chegar na Paraíba atual, sem nenhuma presunção e só constatação, lembro que pela capital pernambucana também há precipitação eleitoral com Mendonçinha, ex-governador e ex-candidato ao governo, lançado à prefeitura do Recife, mas nem por isso ninguém pára de pensar grande, agora mais do que Campina.

Perdoem-se, ainda na premissa anterior de lembrar Ernest Hemingway cuidando daquele ensaio no qual “um idealista americano luta contra o exército franquista na Espanha. Lá ele conhece uma jovem que teve seus pais mortos pelo exército, que decide ajudá-lo”, como trama sem nenhuma ligação com a Paraíba, mas mesmo assim tive o pensamento nessa escrita famosa.

Pois bem, em cima do lance fiquei sabendo que o governador Cássio Cunha Lima embarcou para novo ensaio político diante do senador José Maranhão, desde já se sabendo que a conquista real da sociedade com essa reunião é nula porque, infelizmente, a incompatibilidade entre nossos lideres insiste em ser do tamanho da tática do avestruz, isto é, enterra a briga(cabeça) no buraco deixando de fora todo o corpo de uma insanidade política sem par.

Confesso que, repito, não consigo entender como essa postura ainda acontece sem nenhuma reação dura da sociedade repetindo dessa maneira o consentimento inaceitável, quando todos deveriam exigir veementemente que, apesar das diferenças, nossos lideres soubessem se sobrepor acima da pequenez da adversidade mutua.

Neste momento, justiça seja feita, o ranço está sendo mantido pelo senador, homem de reconhecida história, mas insistindo na vanguarda do retrocesso quando não gera pacto de futuro com seu adversário Cássio construindo projetos arrojados em favor do estado, e não deste ou daquele dirigente.

Antes de amargor, aguardemos a hora do encontro, mesmo de antemão se projetando que avanço na relação entre eles se compare previamente com passos de tartaruga.

Sei não, mas a sociedade merece mais do que esse ranço inconcebível diante de nossas sociedades.

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